Vai Encarar?

De adrenalina a gente entende

Num cenário ensolarado, junto a árvores ciprestes, homem num rio, pratica canoagem, numa canoa amarela usando chapéu, estilo Indiana Jones, óculos escuros, camiseta manga longa, preta e sobreposta a ela uma outra camiseta branca, colete salva-vidas, a sua frente amarrado a canoa um garrafa de agua, e logo atras dele tambem amarrado a canoa uma cadeira de rodas dobrada, e em suas mãos o par de remos para que possa chegar ao seu destino. Neste momento, águas tranquilas, sem muito movimento, mas parece que não será tudo muito tranquilo, pois rafting
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turismo-para-todos_claudiamatarazzo

As possibilidades são muitas e sempre com profissionais capacitados para atender os mais variados tipos de deficiência. Veja algumas das modalidades espalhadas por aí – e quem sabe, bem mais perto de você do que imagina:

Mountain Bike (pedalar através de trilhas no meio das florestas e montanhas), Rapel, (descida de paredões, abismos ou cachoeiras usando cordas)

Rafting (descer correntezas com botes infláveis)

Trekking-man_claudiamatarazzoTrekking (caminhadas por trilhas que contornam montanhas, florestas e riachos)

Caving (exploração de cavernas)

Além de Kart, Parapente, etc. E todas podem ser adaptados para as pessoas com deficiência.

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O primeiro salto a gente nunca esquece – foi de parapente, em Alfredo Chaves, no interior do ES, consagrado por ter uma das melhores rampas para salto do Brasil.

Quando aterrissei, foi no meio do pasto verdinho e com algumas vacas – que pareciam super acostumadas com aqueles bichos esquisitos (no caso, nós) querendo imitar pássaros. E tive uma das maiores sensações de liberdade da minha vida.

Porque vale a pena – o esporte na natureza nos leva a contemplar a fauna, a flora, além de buscar uma aproximação com o meio ambiente .A convivência na natureza através das práticas esportivas – contribui para que as pessoas com deficiência sintam-se realizadas – além de desenvolver outras aptidões, estímulos, sensações e emoções.

Superação e diversão – toda vez que encaramos o desconhecido, ampliamos nossos limites. Foi exatamente o que percebi ao vivenciar, não só o salto de parapente como também com a escalada e rapel.

No Brasil, já existem muito atletas com deficiência que praticam e competem em modalidades radicais, que tomam a cada dia proporções maiores, obrigando os profissionais e principalmente, os locais onde se pratica, a se aprimorem e se adequar para receber a todos.

Em tempo: nunca encare um esporte radical sem a presença de um orientador experiente para lhe oferecer as devidas instruções, equipamentos de segurança e muito mais para você. Depois, é sair em busca de sensações novas, algo que lhe traga prazer, plenitude da alma, diversão e contato com a natureza. E eu já estou me preparando para o próximo salto! Conto depois!

 

mariana_reis-claudia_matarazzoA Bailarina Mariana Reis, tornou-se cadeirante aos vinte anos. Tornou-se Administradora de Empresas e Educadora Física. É Pós Graduada em Gestão Estratégica com Pessoas e em Prescrição do Exercício Físico para Saúde pela Universidade Federal do Espírito Santo. É também atriz, colunista do jornal A Tribuna de Vitória, professora universitária, técnica e árbitra de ginástica artística. Atua como consultora em acessibilidade e gestora na construção e efetivação das políticas públicas para a pessoa com deficiência em Vitória. Acredita na sedução diária de superar limites e ir além do que nos impede – não as pernas, os olhos, os ouvidos – mas o cotidiano. Afinal, temos todos medo de enfrentar o mundo e suas barreiras. E todos temos obstáculos. Vamos encarar?

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