Para entender a sofisticação

Esse é um caso emblemático ilustrando o que digo: faltou a moça (cheia de dinheiro) um mínimo de sofisticação em seu raciocínio raso e simplista para perceber a importância do professor. Não entendeu que, ensinar é uma missão e uma vocação – muito pouco valorizada infelizmente nesse país, mas ainda assim, quem a exerce o faz pela gratificação de saber de sua importância na vida de cada aluno. O salário (importantíssimo, por isso mesmo deveria se mais alto) é uma consequência, não escolha

Há professores sensacionais outros nem tanto. Mas o conceito e a profissão são essenciais para formar a base de qualquer sociedade.

Mas não é disso que quero tratar hoje, comecei o assunto por ter relação direta com os excessos que se tornaram regra e a ostentação sem noção (com o perdão da rima) hoje banalizada a ponto de alguns acharem que “é chique”.

Não é.

Chiqueza e elegância, já dissemos aqui, passam sempre por discrição, qualidade que anda escassa com o advento das redes sociais e a perene superexposição de pessoas, fatos e da vida em geral…

Nos países que entendem de elegância e sofisticação (a elegância elevada a alta potência), as qualidades que constroem esse conceito obedecem a uma espécie de ranking, que deveria se exercitado, incorporado e ensinado desde cedo em casa e na escola…

Simplicidade – o genial Leonardo da Vinci dizia que a simplicidade é o grau máximo da sofisticação. Entendemos isso quando começamos a retirar elementos de qualquer decoração, produção visual e percebemos a verdade do famoso “menos é mais”. É tiro e queda.

Simpatia – produz milagres. É o contrário da arrogância e da postura esnobe de quem “se acha” e afasta todos ao redor. A pessoa simpática faz muito menos força e as pessoas a amam e disputam por ser justamente isso: acessível e disponível.

Alegria/Empatia – complementam a simpatia, pois em um mundo árido, cheio de pressa e de conexões virtuais, a alegria contagia, traz leveza e respiro e todo mundo precisa. E a empatia conecta diretamente, encaixando qualquer relação com mais facilidade.

Criatividade – nem sempre é fácil, mas a ousadia que acompanha a criatividade me várias situações na vida, tende a atrair sorrisos e fidelizar vínculos.

Acolhimento – trata-se de envolver o outro em tudo o que falamosacima: é o abraço tão necessário e escasso hoje. Seja ele virtual ou literal, o acolhimento pode ser dar através de um simples olhar, aceno ou aperto de mão. Mas, vai muito além disso como sabemos.

Pessoalmente, prefiro lidar com pessoas que praticam esses conceitos. do que frequentar quem bebe champanhe na garrafa e faz chá revelação colorindo cascatas naturais. E você?