A casa em Giverny na França onde viveu o pintor impressionista Claude Monet está aberta a visitação – e impecavelmente cuidada. Mas é no jardim que nos deslumbramos ante a exuberância da natureza e finalmente compreendemos o motivo de sua inspiração para as obras que, até hoje nos fazem calar reverentemente quando diante de qualquer uma delas em algum museu do mundo.
Em um momento em que o turista – e o viajante em geral – sofre uma super exposição a grifes, marcas, produtos, brands e tudo os faz consumir um roteiro voltado para a natureza e a saciedade dos sentidos pode ser refrescante e muito salutar. Mas em Giverny, a coisa vai além disso.
A cor das flores, ( e sua variedade e delicadeza) a disposição dos canteiros as trilhas pelos jardins e lagos – tudo isso que você observa e acha bonito nas fotos te envolve de tal maneira que nem percebemos o tempo passar. O que não é um problema uma vez que a idéia de lazer e férias é justamente isso: esquecer os problemas cotidianos e deixar-se levar por belezas e prazer.
Ok, nem perceber o tempo passar é um clichê – mas verdadeiro. O que talvez defina melhor os jardins de Giverny é a palavra inesquecível. Ou, como dizia uma amiga “translumbrante”.
Chegar a Giverny é fácil e pode ser de carro ou mesmo em um dos muitos tours organizados – mas bom mesmo é ir sem muito roteiro pré estabelecido. Em toda a redondeza há pequenos bistrôs onde podemos nos deliciar com as especialidades da região ( e os queijos são sempre uma grande pedida). Depois de almoçar e vagar pela cidade, volte aos jardins, já perto do fim do dia: a luz é outra e a beleza se renova. E, mais uma vez percebemos como a genialidade talvez esteja no poder de se aproximar da natureza e interpretar o divino.
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