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Não pague mico por detalhes em restaurantes

imagem de uma mesa de madeira, com vários pratos de comida. A esquerda um prato com um sanduiche de hotdog com batatas e ao centro um molho especial, junto a ele 2 taças de champanhe , no primeiro plano um outro prato com o mesmo tipo de hotdog, batatas fritas, junto a ele um copo com água.

Como as dúvidas referentes a gastronomia e mesa são as mais frequentes,  atente para alguns detalhes que podem nos confundir e nos colocar em uma situação constrangedora…

Como chamar o Garçom– há quem estale os dedos e quem grite “Chefe!”. Na real, chamamos o Garçom com um aceno. Ou basta um olhar e um aceno de cabeça. Eventualmente levantamos a mão e fazemos contato visual. Quando muito um “por favor” em voz audível, mas baixa. Em se tratando de bons profissionais, deveria bastar…

Como cumprimentar no restaurante – se encontrar alguém conhecido não se levante: acene de longe e, caso ele esteja sentado, não se aproxime para estender a mão. Além de atrapalhar quem está comendo, atrapalha o serviço mesmo. Se você estiver sentado e alguém vier até seu lugar – não se levante – cumprimente sentado mesmo, de forma a deixar claro que a pessoa que está com você a mesa é mais importante e não merece ser abandonada enquanto outra pessoa interrompe para bater um papinho em pé no restaurante

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Man paying bill by credit card in a restaurant

Quem paga a conta: na primeira vez, e em negócios, paga a empresa que convida. Independente de ser homem ou mulher, quem faz isso é a pessoa de cargo mais graduado. Depois é natural dividir conforme o caso. No entanto, muitas vezes homens mais velhos (ou conservadores) insistem em pagar quando a outra parte é uma mulher ou mesmo quando é a primeira vez.  Questão de hábito arraigado. Se você for essa moça, e perceber que para ele é importante aceite graciosamente: não é o caso de criar uma polêmica em torno desse assunto…




Posso pedir para repetir o prato?

Ou mesmo em dúvida quanto ao que dizer para sinalizar a dona da casa que gostaria de comer mais um pouco de determinado prato.

Há várias casos, mas uma coisa é certa: repetir é sempre sinal de sucesso e a dona da casa e os chefs adoram, tá?

Na casa de amigos – tanto no caso do serviço americano quanto no franco americano (em que a comida está disposta em bufês) no momento de repetir, leva-se o prato com os talheres até o bufê. Só deixe os talheres sobre a mesa se tiver apoios de talher, senão leve junto – para não sujar toalhas ou superfícies.

Em  casamentos – ou outros eventos maiores, com serviço de bufê sirva-se quantas vezes quiser. É sempre melhor do que encher demais o prato e voltar para a mesa com uma montanha de comida difícil de administrar e de comer.

Nesse caso, quando não há um momento definido para se comer o doce, se quiser comer a sobremesa, pode deixar seu prato sobre a mesa – que algum garçom deveria retirar até você voltar do bufê.

Em geral, passa-se a segunda vez apenas o prato principal e não a entrada. Mas não é regra e nada impede que se passe todos os pratos duas vezes.

Outro expediente é, a própria dona da casa perguntar antes que se passe a próxima etapa se “alguém” deseja mais um pouco do “ravioli.” – ou o que estiver sendo servido.

Mas, quer saber? Tudo o que falamos aqui está correto, mas de verdade, exceto em banquetes oficiais de Estado, você sempre – repito: sempre – pode pedir para repetir o que achar gostoso! E mais de uma vez… Pois para qualquer anfitrião, esse é um dos maiores prazeres de se receber a mesa! E bom apetite!!!




Restaurantes: não pague mico e descomplique

Diagrama de linguagem de sinais para restaurantes em desenho de vários pratos brancos sobre fundo marrom com os talheres colocados em várias posições: cruzados com as pontas se tocando em V cruzados formando um T, paralelos na horizontal, paralelos na vertical com cabos voltados para o cliente e cruzados com as pontas quase se tocando.

Pra que tanta!? Xô regrinhas inúteis!

Antes de mais nada, ela complica em vez de simplificar. Depois, porque em todas as buscas que fizemos – Mário, meu sócio, que não deixa passar nada – em sites internacionais de comportamento e etiqueta e mesa, não há nada nem remotamente parecido.

Vamos combinar, pode até ser criativo, mas na prática é uma grande bobagem…

Você acha que algum garçom, em meio ao serviço vai perceber a sutil diferença entre um talher apoiado no prato de “pausa” e outro cruzado quase igual – mas que significa “não gostei do serviço?”

Ora, nesse diagrama, só vale a do “estou satisfeito” – e por motivo prático: o garçom retira os pratos por trás da cadeira e, com os talher paralelos, com cabo voltado para o cliente é mais fácil para ele firmar a mão e não derrubar os mesmos.

Acredite: de nada adianta tanta regrinha! Se o serviço é ruim não será melhorado em curso, durante a refeição.

Ao cliente, cabe reclamar com a gerencia e não iniciar um bate boca por sinais de talheres.

O segundo prato só chegará quando estiver pronto – de nada adianta sinalizar que está esperando.

Se achar excelente, basta dizer isso ao vivo quando receber a conta – e gratificar o funcionário à altura.

Portanto, esqueçam essa tabelinha pseudo esperta, Lembre que, salvo impedimento de fala ou audição, nada substitui o olho no olho e uma troca de palavras gentis para se comunicar.

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Qual serviço de mesa usar agora?

Muitas pessoas já mudaram seu comportamento – e , na abertura de bares e restaurantes, que vai variando conforme o comportamento e a curva de contágio,  o tipo de serviço terá implicações  na hora das refeições, independente de reuniões sociais ou de negócios.

Não serão todos os tipo de serviços de mesa, que serão aceitos. Alguns podem até deixar de existir.

 Em restaurantes –  além do bufê onde apenas um profissional serve do outro lado ao cliente, há a alternativa de trazer o parto pronto da cozinha, no tradicional `a la carte. 

Em Casa – pelo menos por enquanto, temos uma outra opção: o serviço “a inglesa indireta”, que é aquele em que um só profissional serve os pratos a cada convidado com o  apoio de um carrinho (gueridon) com as travessas.  Esse serviço foi muito usado até algumas décadas atrás e restaurantes.

Serviço Franco americano – bufê com os convidados se servindo.  É aceitável, mas aqui seria interessante, novamente inverter uma regra: como os lugares estarão colocados a mesa, cada convidado serve-se a primeira vez com seu próprio talher (que estará sem uso) e para uma segunda vez, talheres extras estarão colocados para que ele se sirva e depois os deposite em um recipiente ao final do aparador especialmente para isso.

A alternativa segura – seriam luvas para se servir (mais uma vez oferecidas pelo anfitrião) – mas parece um tanto exagerado e sem o menor glamur, certo?

Cafezinho – tanto na empresa quanto em casa com cafeteira de expresso ou bule, o ideal é que apenas o anfitrião (ou copeiro) manuseie. E entregue com pires (mesmo copinhos descartáveis) para a pessoa evitando tocar em copos e xícaras que irão direto aos lábios do outro.

Saquinhos sim: o anfitrião pode dar esse toque e oferecer saquinhos plásticos na sequência para que todos tenham onde guardar e não aconteça um festival de máscaras largadas sobre sofás etc.

Dito isso, o momento aperitivo deve ser agilizado – no sentido de que as pessoas deveriam sentar a mesa na sequência para a refeição.

Distância correta: não tem jeito 1,5m é o mínimo do mínimo – sem máscara. Portanto mantenha o espaço pronto para mesas maiores ou duas mesas com mais espaço entre as pessoas.

No caso de reuniões de trabalho, optar por grupos menores, e reuniões híbridas – meio virtuais meio presenciais pode ajudar.

Será exagero? As opiniões aqui, são divididas, mas para mim não! Essas são as alternativas para se reunir sem “perigo”. Sim, em aspas, pois se nos sentirmos realmente seguros, baixamos a guarda.




Você sabe ler um cardápio?

 

Psicologia do cardápio existe e é baseada em muitas e detalhadas pesquisas de mercado. Há muitas maneiras de persuadir os clientes a pedir refeições de alto lucro…

Uma pesquisa da Universidade de Bournemouth mostra que a maioria dos menus tem muito mais pratos do que as pessoas gostariam. E, claro, o marketing e pequenos truques acabam influenciando quando não, nos confundindo, entre o que parece ser o ideal naquele momento e o que queremos de fato…

Em uma pesquisa do Nescafé: perguntados sobre como gostam de tomar seu café, a maioria dos americanos diz: “um escuro, rico e saudável, torrado”. Mas na verdade, preferem café fraco e leitoso.

Charles Spence, psicólogo de Oxford tem um artigo sobre o efeito que o nome de um prato tem sobre os clientes. “Dê a ele uma etiqueta étnica, com um nome italiano, e as pessoas classificarão a comida como mais autêntica”. 

Isso vem sendo usado com um certo exagero e, claro, causando uma certa rejeição pois são clichês que acabam por cansar o cliente. Alguns restaurantes mais alinhados com a nova e mais minimalista gastronomia, deixam que os ingredientes dos pratos falem por si e, dessa forma preferem valorizar os mesmos em seus cardápios.

Outro truque, é, sem o exagero de nomes em italiano (ou outra língua evocativa) usar uma palavra apenas em outra língua no cardápio para que os clientes digam ‘o que é isso?’ Como no caso dos suppli– bolinhos de arroz – para começar uma conversa entre o cliente e garçom.

Som e atmosfera – influem e muito! Música clássica aumenta as vendas de vinhos caros e os gastos gerais em restaurantes mais sofisticados.

Aromas – música lenta e cheiro de lavanda fazem com que as pessoas passem mais tempo em restaurantes e a música pop tocada mais alta aumenta o consumo de refrigerantes.

Finalmente, fique esperto com os valores: ao colocar itens de alto lucro ao lado de outros extremamente caros, eles parecem baratos em comparação. É a forma que alguns donos de restaurantes encontraram para que você acabe por escolher um item nem tão barato assim, mas que, a seu ver, comparando com o outro muito mais caro, parece uma boa pedida…

O mesmo acontece o vinho. Nós vamos invariavelmente ir para o segundo mais barato. Que nem sempre é uma pechincha…

Ok, tudo isso são peculiaridades de um mercado altamente competitivo e estou começando a te irritar com tanto spoiler – desse jeito vou acabar por estragar seu prazer em comer fora…

Parei. Só que, de verdade, acho que sempre é bom termos mais informação, afinal, sabendo desse bastidor culinário fica mais fácil compreender nossos desejos e preferências de fato…