Hospedar alguém em sua casa vai muito além de providenciar cama e comida. Se quiser dar um show não abra mão de nenhum detalhe para que ele se sinta acolhido como um príncipe!
Flores frescas no quarto – basta uma só, mas linda e bem visível;
Jarra com água e copos – também no quarto. De vidro transparente para dar um ar de mais frescor.
Revistas atualizadas – de acordo com o perfil de seu amigo/hóspede. Pelo menos duas;
Conexões – para tudo. Além de adaptador de tomadas para eventualidades;
Além da toalha de banho, também as de mão de rosto – bem felpudas. E um sabão líquido neutro novinho;
Bloco em branco e um pote com canetas e lápis – em viagem, ter essas coisas a mão é mais importante que parece;
Se ele não conhecer o bairro, uma lista de tudo o que tem perto e como chegar: farmácia padaria, shopping… ele se sentirá imediatamente mais seguro e bem acolhido;
Um pote com balinhas sem açúcar (que é pra saborear sem culpa);
Espaço de tempo: deixe claro a ele/a quais os seus horários e a programação. Assim ele poderá respirar e saberá que você não estará o tempo todo na sua cola;
A cópia da chave de casa. Independência e confiança – importante, certo?
Como convidar – e cultivar – pessoas
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Achei interessante, pois por muito tempo nossas casas foram usadas apenas como um lugar de descanso entre férias e trabalho. Mas, depois de 2020, redescobrimos nossos espaços, o prazer de ficar em casa e também de abri-la para outras pessoas sempre que possível – e não apenas em ocasiões especiais.
Os anfitriões natos, pessoas festeiras e gregárias, fazem isso com muita facilidade – para eles, é como respirar. Mas entendo os mais tímidos e me identifico com as pessoas mais reservadas, para quem socializar pode ser mais difícil. Por isso pensei em ajudar nossa amiga dividindo o ato de convidar em etapas. E a primeira delas, é entender que a preciosa matéria prima que define o sucesso de qualquer encontro são as pessoas. Quem você convida, quantos e como aproximar diferentes grupos é o grande pulo do gato para que todos se sintam bem e o encontro seja um sucesso.
Amigos e familiares – deveria ser o grupo mais fácil de receber: em geral não fazemos cerimônia com eles e podem ajudar no que for preciso. E estar entre pessoas próximas, acaba deixando todos mais a vontade e o encontro flui melhor.
Segunda etapa: sair da zona de conforto e misturar grupos – afinal, esse mix é que vai promover novos encontros e conexões interessantes. E não se trata de quantidade ou de abrir a casa para qualquer um mas, de saber convidar além do óbvio.
Colegas de trabalho – calma! Você não é obrigado a convidar todo o departamento, mas se você tiver um bom relacionamento com algumas pessoas de sua empresa convide, sim. E não tem problema convidar apenas alguns – se alguém for invasivo o suficiente para questionar, seja firme ou finja que não ouviu.
Convidar vizinhos –quem é tímido costuma passar anos sem saber que cara tem o vizinho. Mas é um erro, pois embora alguns possam ser desagradáveis (ou mesmo insuportáveis), outros, podem ser uma grata surpresa. Conheço mais de um caso em que vizinhos acabaram se tornando grandes amigos e até mesmo expandindo o grupo formando uma poderosa rede de apoio local. E sim, é uma ótima maneira de fortalecer os laços com a sua comunidade – por que não?
Amigos de interesses em comum – se você participa de clubes, grupos ou atividades com pessoas que compartilham os mesmos interesses, pode convidá-las também em sua casa. Encontrar essas pessoas em outro ambiente além do grupo em comum pode ser salutar (e uma bem vinda variação) ainda mais se você misturar convidados da família ou até mesmo colegas.
Dica – não convide gente demais, prefira grupos menores – e o limite é quantos você pode acomodar bem em casa. Assim permite que as pessoas conversem, interajam de fato e formem algum tipo de vínculo. E se divirtam claro, que ninguém é de ferro!
Ritmo para receber: o segredo dos bons anfitriões!
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Em qualquer tipo de reunião o ritmo, ou timingé um elemento essencial – do começo até o final.
Em uma refeição ele é mais importante ainda porque alguns aspectos podem acabar sendo prejudicados caso a gente não preste a devida atenção ao tempo que passa entre uma ação e outra.
Por exemplo: do momento em que chegar o primeiro convidado até o momento de servir, não pode se passar mais de uma hora e meia no máximo!
Quando chegar o primeiro convidado é essencial que os aperitivos estejam prontos para ser servidos: canapés, cumbucas de mix de nozes e castanhas, pãezinhos, pastas…
Tudo já no jeito e a mão para que você leve pra sala e sirva seus convidados antes de chamar para a refeição principal.
Atrasos – ainda que algum convidado não tenha chegado, sirva o jantar ou almoço rigorosamente uma hora e meia depois da hora marcada – mais do que isso pode ser considerado falta de consideração para com os que chegaram no horário.
Depois que você servir primeiro e segundo pratos e a sobremesa, é super importante que o cafezinho seja servido no máximo 15 minutos depois…
O ideal mesmo é que ele chegue em seguida – assim, já deixe tudo preparado na cozinha: Bandeja para xícaras , cafeteria, água para ferver…. desse modo que você vai servir o café logo em seguida , fechando com chave de ouro a refeição
Quando todos já estiverem acomodados novamente na sala ou varanda, deixe passar meia hora e já pode oferecer uma bandeja de sucos gelados ou água gelada. Aí, a conversa reanima e pouca gente vai embora.
Deixe passar mais uma hora e se animação for geral, pode oferecer “um ultimo cafezinho” ou mesmo mais uma rodada de água para os convidados que ainda estiverem presentes. E pronto, missão cumprida!
Como e quando visitar um recém nascido
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Se for primeiro filho, eles não tem nem idéia do que estão prontos a encarar. E se não for o primeiro, os pais, acostumados a dar toda a atenção ao primeiro filho agora terão de se desdobrar com duas crianças – ou mais e prováveis ciúmes dos maiores. Portanto, muita calma para aparecer de visita a pais de um novo bebê
É claro que o prazo de espera para se visitar em casa varia conforme a intimidade e temperamento dos novos pais. De qualquer forma, não apareça antes de 15 dias. E lembre que o ideal é uma visita muito curta – sem ultrapassar uma hora – afinal de contas, o bebê mama de três em três, certo?
Entre uma mamada e outra sobram poucos minutos. Veja só: o tempo da mamada é em torno de quarenta minutos e entre trocar e colocar para dormir vão mais trinta. Pronto: sobram duas horas para a mãe lavar a cabeça, cochilar, preparar a comida, dar um telefonema…
Se o bebê for filho de amigo homem ligue o sinal vermelho porque pais muitas vezes não tem essa noção de tempo e querem apenas exibir os rebentos. De modo que, se seu amigo insistir muitíssimo, você até pode visitar antes desse prazo. Mas seja categórico/a e peça a ele para consultar a nova mamãe sobre qual o melhor dia e horário.
Quarentena, sim – os médicos antigos receitavam um mês de resguardo para mãe e filho – sabe por quê? Porque esse é o tempo justo para ela se recuperar e para o bebê adquirir anticorpos. E hoje, continua valendo porque também é o prazo para que ele tome suas primeiras vacinas e esteja zerado para receber a turma.
O que você pode fazer é ligar, mandar Whatsapp fofos e até deixar um presentinho para o bebê, programando a visita para outra ocasião.
Telefonemas – são um ótimo substituto para as visitas. Porém também não podem ser longos. Principalmente na maternidade. Deixe o questionário de quanto ele pesa, quanto mama, com quem se parece e o quanto doeu para outra hora. Pergunte apenas se ela está feliz, se o nenê passa bem e desligue. O resto do relato pode ser feito pela avó ou amigas em outra ocasião.
Palpites – parece um complô: mães de primeira viagem , indubitavelmente são confundidas com caixinhas de sugestões. Aí é um tal de “está mamando muito”, “a cólica é por causa do feijão”, “ está amarelinho,” “ está com frio” “ é melhor abrir a janela para ventilar”, “ coma canjica que o leite desce mais forte”… o sortimento é infinito e variado.
Conselho para a mãe: concorde com tudo e fique surda.
Conselho para a visita: faça muito bilu bilu. De resto, fique muda.
Hóspede: valorize a honraria concedida
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Para não escorregar em nossa “espontaneidade” é bom entender que um convite – qualquer que seja ele, implica em, no mínimo a obrigação de ser gentil, não ser espaçoso (ultimamente uma praga) e atentar para alguns fatores.
Nos últimos anos, tornamo-nos mais ciosos de nossas casas e muito mais seletivos na hora de convidar alguém: seja para algumas horas em uma reunião, ou para passar alguns dias.
Em retribuição ao conforto e acolhimento de ser incluídos como hóspedes privilegiados, é bom atentar para alguns fatores, ser sempre bem-vindos.
Sim, pois com a crescente informalidade nas relações, muita gente acha que, por ser amigo e hóspede, tudo pode. Não pode. E as pessoas reparam, ficam chateadas e, pensarão bastante antes de repetir o convite. Veja alguns dos pecados a evitar, pois, desde sempre são atitudes que geram desconforto à toa…
Esquecer de Confirmar – ou deixar para última hora. O convite em si já é um enorme privilégio. Confirmar imediatamente seria ideal. Caso dependa de agenda de outros, trabalho etc, é essencial dar o retorno em pouco tempo, e até mesmo dizer quando: “fulano, vou checar com x ou z mas até dia tal te confirmo.” E confirme mesmo!
Em tempo: se perceber que não vai dar ou mesmo se não quiser/puder ir, justifique logo: agradeça delicadamente, e libere-o para que o convide outra pessoa. Não faça pouco de um convite assim.
Jamais pergunte – se pode trazer mais um. Seja como convidado a se hospedar (impensável) ou como um a mais naquele almoço/reunião que o anfitrião está organizando. Se ele/a quiser que você ajude a agregar mais gente, vai lhe falar explicitamente.
Caso tenha uma grande intimidade, confira – sempre antes de convidar – se seu anfitrião conhece a pessoa, simpatiza com ela e, mais importante, se é possível e não atrapalha.
Chegar de mãos vazias – parece uma bobagem e muita gente que ache esse detalhe frescura. Oi?! Vamos combinar, o mínimo que podemos – e devemos fazer – a alguém que nos agracia com um convite completo de hospedagem é um agrado em forma de mimo. Tamanho e valor variam dependendo da intimidade e bolso de cada um. Uma cesta com delícias, um enfeite para a casa, uma bebida diferente, flores…
E, em algum momento, convide os donos da casa para comer fora retribuindo, em parte, a hospitalidade.
Vestir-se de qualquer jeito – férias são férias. Mas, na casa dos outros, é diferente da “roupa de ficar em casa”. Não é preciso “se vestir para jantar” mas, em casas de praia, um banho e camiseta (limpa) são o básico – sem essa nada de continuar de roupa de banho noite afora…
Acha um trampo? Frescura? Veja quanto custa (e se consegue) vaga naquela pousada pé na areia para passar pelo menos 3 dias. Acrescente ao custo o valor do carinho por terem lembrado de você e te escolhido. E repense! Um ótimo início de ano para todos!