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Butão – onde se respira beleza e espiritualidade

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Como parte de seu mestrado, “Shima”, como é chamado pelos amigos, ficou várias semanas no Butão, e aqui, fizemos o resumo de seu minucioso relato ( em 10 partes) onde fala sobre a espiritualidade – apenas um dos aspectos do lugar – percebida na brisa, nas conversas e na paisagem desse país surpreendente.

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 A espiritualidade do Butão

Não há como separar espiritualidade e Butão. Seja nas florestas de pinheiros e ciprestes, nos rios que descem das mais altas montanhas dos Himalayas, seja vendo as estacas com bandeiras brancas no meio de florestas verdes, parece haver algo mais no ar.

É possível ver o Dragão Branco, avistado por um dos fundadores da Nação, ao sentir o vento que corta as florestas. E a cada penhasco por onde passamos, nossos guias assobiavam para chamar o Lungtha (o cavalo do vento) e recebiam em troca, uma leve brisa que refrescava a caminhada.

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Ao entrarmos no Tiger’s Nest nosso guia se prostra 3 vezes – segundo a tradição Budista. Ali, nada se pede, apenas se agradece. A seguir nos aponta um tapete no chão dentro de um dos locais mais sagrados do país, e nos convida a meditar ou apenas a agradecer. Nos sentamos, fechamos os olhos por alguns instantes e o leve cheiro de incenso nos leva para longe e, ao mesmo tempo, para perto.

Minha curta meditação me traz a mente palavras e sensações de imensa gratidão por tudo que pude experimentar e viver neste lindo país nas montanhas do Himalaya, que me fez pensar que talvez, de fato, outros modelos sejam possíveis.

Onde felicidade seja o principal indicador do seu povo e onde monarcas decidem abrir mão do poder em prol da democracia. Resta saber se a democracia será capaz de manter um equilíbrio entre modernidade e ancestralidade. O “desenvolvimento main stream” trouxe a lugares como Ladakh (India) ou Kathmandu (Nepal), a inequalidade, a criminalidade, a miséria, a fome e o lixo espalhado pelas cidades e rios.

E enquanto isto não acontece no Butão, é melhor você correr pra lá e sonhar um outro mundo possível.

Por : Eduardo Shimahara,  viajante apaixonado, hoje morando na cidade do Cabo com a família – http://www.nomadesdigitais.com

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