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Parar o tempo não: acompanhá-lo atentos

Aos 64 anos, minha convicção, aliada a uma boa disciplina rendeu frutos e é  disso que vamos falar: de como a sua rotina diária, devidamente ajustada, sem grandes gastos ou acrobacias, pode sim, transformar seu visual – e, mais que isso, o seu estado de espírito!

Acredite na ciência – e em toda a pesquisa envolvida em qualquer produto. Entenda que, por trás da embalagem em publicidade existe um propósito – que deveria funcionar. Mas cabe ao consumidor, e apenas a ele, pesquisar, experimentar e aprovar. Se você não fizer isso direito, com método, não adianta. De modo que, o primeiro passo para o sucesso de qualquer tratamento/rotina é esquecer a frase-muleta “Não tenho tempo”. Arrume.

Ok, vamos a dicas práticas – e verdadeiras, testadas com sucesso: há uma grande variedade de produtos, alguns específicos para peles masculinas e outros para as femininas. Há uma diferença entre elas e é preciso respeitar.

Novos produtos – pesquise e ajuste. Nossa pele muda com o tempo. Não adianta “usar há 30 anos”. Pesquise, peça amostras, experimente (por pelo menos 1 semana), crie o hábito de prestar atenção as mudanças e acolhê-las em vez de entrar em negação ou agredi-las com cirurgias invasivas. Ainda, o fato de tratar, passar o creme ou óleo, massagear etc, em si, já é benéfico de fato e terapêutico espiritualmente.

Entenda as funções – antigamente havia um creme da noite outro para o dia. Hoje temos, cremes, séruns (potencializadores dos cremes), limpadores bifásicos, loções, protetores. E cada um colabora e muito para a saúde da sua pele. Não adianta usar um e não o outro: eles se complementam, portanto, use e invista: custam o equivalente a uma refeição em restaurante, mas duram em média 2 meses.

Lábios – assim como a pele do corpo, também mudam e ressecam. Aprenda usar o hidratante certo e andar com ele nos bolsos, pois, com o tempo o volume da boca tende a diminui e endurece a expressão. Mulheres: esqueçam batons “matte”  que pioram e os gloss que “escorrem”, procurem o que hidrata e pronto. E, rapazes, para vocês, vale o hidratante incolor, tá?

Close-up portrait of beautiful woman with bright make-up and hairstyle.

Maquiagem – não precisa sair montada, mas alie-se a corretivos e iluminadores líquidos e lembre que eles tratam, além de atenuar manchas e iluminar. Homens podem usar com muita moderação, claro.

Espaço, tempo e equipamento – você vai passar pelo menos meia hora por dia com autocuidados (dividindo entre manhã e noite). Otimize esse momento: eleja um canto com tudo a mão, luz, espelho de aumento – e até mesmo óculos de lentes que abaixam, no caso de mulheres que queiram se maquiar etc.

Seja para pesquisar, ou apenas a rotina diária, procure fazer sempre sozinho/a. É o seu momento de atenção para com você mesmo/a. Um encontro diário com a sua pessoa preferida. Não a deixe esperando e nem trate mal. Cuide, como gostaria que cuidassem de você!




7 top dicas para viver melhor sem aperto.

 

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Prazo apertado – muitas vezes aceitamos fazer determinados trabalhos sabendo que não vai ser possível e o estresse é inevitável. A solução? Parar de bancar o/a super .

Aprendi, ainda no momento da encomenda, a dizer que não vai dar e em seguida emendo com uma sugestão de prazo viável. Firme e olhando nos olhos. Em geral funciona – porque a outra parte quer apenas se garantir e ter espaço de manobra a custa do nosso esforço!.

Escultura de um Relógio, em bronze, fundo azul escuro e borda e ponteiros na cor de bronze claro, a peça está sobre um tronco em bronze, simbolizando um galho de árvore, e o relógio está maleável sobre o tronco, marca seis horas.

Horário apertado – fujam! Cria ansiedade e a impressão de que não somos capazes… É o contrário gente: entendam que não temos – e jamais teremos – a velocidade das máquinas, tá?

Tente não marcar 5 compromissos por dia se sabe que vai se apertar. Comece a diminuir sua média (tente, tente!). E veja como tudo rende mais.

 Roupa apertada – alguém merece? Calcinhas (ou cuecas) calças e cintos… Desapegue. Espante a preguiça e troque antes de sair de casa. E doe as peças – pois além de incomodar atrapalha o visual ressaltando defeitos e gordurinhas.

Grampo apertado – coisa de mulher: quem já não passou a festa inteira com um grampo pinicando a cabeça por medo de mexer e desmanchar o cabelo?

Sem medo! Lembre que, em um penteado com tantos grampos, mexer em um não altera nada viu? O alívio é imediato, e você vai aproveitar a ocasião sem pensar na cabeça latejando…

A atriz Jennifer Lawrence esta com um vestido preto e cabelos loiros e curtos penteados para tras. O destaque da foto é o brinco, em apenas uma orelha, com duas bolas douradas

 Sapatos e brincos apertados – coloquei juntos porque a solução é prevenir. Homens e mulheres ao se encantar com sapatos podem comprar com pressa.

Muita calma nessa hora: confira a numeração, sinta no pé, caminhe na loja e tente ficar pelo menos 10 minutos com ambos os pés calçados para ter certeza. Perca uns minutos pois compensa.

Com os brincos ( de pressão) acontece o mesmo: sinta bem pois eles começam a doer depois de alguns minutos. Mas, se doer em casa tem jeito: peça na loja para que regulem pois é super simples.

Roteiros apertados – de viagens e de eventos: é a receita certa para contratempos, mal entendidos e tensão. Procure ajustar. Em geral dá. O que está no papel é uma coisa mas, na prática, pense se você quer mesmo acordar as 5 da manhã para visitar 8 cidades em 15 dias. Melhor apenas 3 – acredite. Não é uma competição e sim lazer.

O mesmo se aplica para qualquer tipo de evento que estiver organizando. Seus convidados merecem atenção e capricho e não o estresse de mil e uma atividades…

imagem mostra notas de 50 reais e moedas de 1 real e 50 centavos.

 Dinheiro apertado –esse é difícil de driblar! Nesse ano pra lá de difícil aprendi que há certos hábitos dos quais podemos abrir mão. E pesquisar preços sem se deprimir pode ser um exercício gratificante.

Já em casa, prestar atenção de verdade para reciclagem, desperdício e reaproveitamento compensa. Não é fácil, mas acaba ocupando melhor nosso tempo e quando chega o fim do mês a gente percebe que, até que deu pra economizar algum.

Não estou fazendo o jogo do contente: apenas tento praticar os ajustes necessários para passar menos aperto ( e aflição) e viver literalmente com um pouco mais de folga – que é bem vinda em qualquer quesito!




O que você faria se ganhasse mais 6 meses de vida?

Desperdiçamos água, conversa, roupa e até mesmo cosméticos: jogamos fora bases e batons praticamente novos porque simplesmente não tivemos paciência de experimentar ou simplesmente “mudamos de ideia”.

Mas, em matéria de desperdício, nada se compara ao tempo que perdemos diariamente. Sim, tempo. Aquilo que dizem, é como dinheiro. Gastamos muito mal nosso tempo. Somos o único povo que acha normal um atraso de 15 minutos. Aliás, os ingleses, (nossa referência em pontualidade), criaram a expressão “brazilian 15 minutes” para explicar que esse é o máximo do atraso tolerável…

Hora de relógio – na Bahia, quando querem ser mais estritos no horário usam essa expressão: “tempo de relógio”: é que sabem que para nós, brasileiros, relógio não marca o tempo e sim nossa conveniência e/ou incompetência. Sim, pois atraso além  de falta de consideração para com o outro é uma mostra clara de incompetência para administrar o próprio tempo. O de relógio claro.

Agora vem cá: considerando que um brasileiro marca 2 compromissos em média por dia e atrasa por baixo 15 minutos para cada um, chegaremos a ter desperdiçado 6 meses de vida em 35 anos. Desperdiçado sim, pois naqueles quinze minutos que você está correndo atrás de não se atrasar mais ainda, você não produz nada e nem vive um grande momento digno de ser perpetuado (pelo menos não todos os dias certo)?

Em compensação, as vantagens de gerir bem esses preciosos minutos são inúmeras: tal qual um investimento bem feito, você verá seu tempo do coração (aquele que sobra no relógio no fim do dia) aumentar consideravelmente! Os gurus preferem chamar de “tempo de qualidade”, mas prefiro “do coração” pois, nem sempre qualidade é identificada com algo que amamos, certo?

Juros de vida – o que você faria se ganhasse aqueles 6 meses economizados apenas por ser pontual? Muita coisa, né? Ainda, se tempo é dinheiro, você se vê rasgando dinheiro todo dia – pouco que seja!? Imagino que não…

Vou provocar mais um pouquinho: a pandemia nos ensinou a importância de cada minuto: seja para salvar uma vida, para aproveitar melhor a presença amada, para contaminar alguém ou deixar de fazê-lo… vamos continuar a administrar nossas vidas com esse pouco caso com algo tão precioso quanto nosso tempo, nossa vida e nossos minutos?

Sinceramente? Acredito de verdade que é com pequenas atitudes conscientes e responsáveis que construímos grandes momentos – e uma vida plena, enriquecida de dentro para fora – e não o inverso. Bora tentar?




Quais idades você tem?

Ao contrário de muitos que não encaram bem essas datas, por não se sentirem bem com os ciclos que se fecham ou vivendo o seu inferno astral, eu me jogo para assoprar o passado, enxergar como mais uma etapa concluída e da possibilidade de comemorar a chegada de uma nova idade com alegria e positividade.

Sobrevivendo ao inferno astralmas não se trata somente de ter um olhar positivo sobre a vida. É sobre viver o tal inferno astral com tudo que ele traz, saboreando cada um dos sentimentos. Dúvidas, expectativas, alegrias, decepções, comemorações, saudade, esperança. E, para mim, vem tudo em dobro, pois são dois nascimentos que o 12 de janeiro me traz. Aliás, no meio de uma pandemia, esses sentimentos me causaram uma turbulência interna. Precisei do silêncio para entender o estrondo do dia a dia. Meu coração continua estreito sem espaço para respirar. Diante de tempos tão tristes, alargar a alma para enxergar as sutilezas da vida tem sido difícil.

O importante é saber que escrevi minha história o primeiro aniversário, daquele que consta na certidão de nascimento, sinto o peso da experiência: pelos esquecimentos aleatórios, pela recuperação mais demorada de uma noite mal dormida, pelos meus cabelos brancos, pelos sinais no rosto. Apesar da idade não combinar muito comigo, o cotidiano me mostra que as contas do tempo estão certas, mesmo eu desejando que estivessem erradas.

O segundo, o de ser cadeirante, o do meu acidente, o de que entender a vida é soltar as possibilidades. Este me lembra a juventude e me permito comer sem preocupação de engordar, de virar a noite com os amigos, de não me preocupar com contas a pagar, de viajar sem reserva em hotel, de se recuperar rápido de uma gripe ou viroses, e muito mais. Essas são as vantagens de se comemorar dois aniversários, duas idades, você pode virar a chave e escolher qual será mais oportuna para cada momento.

Novos ciclos de vida e o melhor sempre estar por vir nesse ano encontrei na escrita e no mergulho profundo em mim mesma outras maneiras de alimentar minha esperança, entendendo que nada está pronto e tudo está por ser construído. Passei a considerar que muitos ciclos de desafio se repetem e que, quando aceitamos o que passamos como um aprendizado, nos tornamos mais fortes e aptos a vencermos com mais facilidade o que vier. Que venha no vagar que é para dar tempo de saborear cada experiência, cada sentimento.

Para não esquecer, que me venha fartura de sabedoria para fazer escolhas e para tomar decisões. Que jorrem bênçãos sobre todos os meus dias. E que eu tenha pés e rodas firmes para a caminhada rumo a tudo o que me dá prazer. Que seja bom para mim, não prejudica ninguém e é bom para o todo. Que eu pratique a aceitação de coração aberto, não julgue os outros e me veja como um ser espiritual em evolução. E que em breve não nos falte os ingredientes principais: vacina, bolo, palmas, conversa leve e risadas soltas. Felizes dias!




Respire: estamos na metade

Folha do calendário com fechamento espiral, em folha branca, retangular onde está escrito "O amor é a asa que Deus deu ao homem para subir até Ele" Michelangelo (1475-1564)

Mas esse meio do ano tem me trazido diversas reflexões ligadas ao momento histórico em que estamos vivendo e, principalmente, ao que ainda estar por vir. Muitas vezes o isolamento social provocado pelo novo coronavírus me forçou a escrever bem para além das restrições de acesso físico e atitudinais que vivencio no cotidiano. E é um pouco disso que hoje trago a você. Um pouco desse tempo que nos obrigou a parar. A colocar a mão e o pé no freio da vida.

Como você passa pelo tempo?

O ritmo dos acontecimentos ao nosso redor deixou de ser controlado por nós, a quarentena instalada bem em nossos olhares nos obriga a contemplar o horizonte a nossa frente para termos a dimensão do que ainda podemos fazer. Há um novo ciclo que chega e, juntamente com ele, a oportunidade de rever metas e sonhos que precisamos alcançar.

Se fomos obrigados a parar, nosso eterno Cazuza vai dizer: “o tempo não para”.  E se estamos caminhando para o início do fim da pandemia e conseguimos estar vivos até aqui, e estamos fazendo tudo que precisamos fazer, então, há um recomeço que se acende dentro de nós.

Aceita meu convite?

E para este início eu te convido – junto comigo – a seguirmos fortes no enfrentamento de nossas dores, incertezas e medos, pois só assim teremos a chance de experimentar o novo. Que na maior parte das vezes é a melhor fase do final de um ciclo. Temos em nossas mãos uma outra metade do ano, para sentirmos de corpo e alma, o que quer que seja, de acreditar mais uma vez, nas muitas possibilidades e na força de cada um de nós. Que nossa compreensão esteja afinada com o lema: assim como tudo na vida, este momento – quando der – também vai passar.