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Mulheres de Ouro – dentro e fora do esporte!

A foto mostra duas mulheres na faixa dos cinquenta anos: a direita ( Ellen Dastry) de cabelos castanhos e óculos grandes e negros veste uma blusa de manga longa branca e abraça Silvia Securato a sua esquerda, loura, de colete marrom sobre uma camisa branca e sorrindo muito segurando um exemplar do livro "Mulheres de Ouro"

Ellen Dastry ( a direita) abraça a amiga Silvia Securato

A proposta foi feita por Silvia Securato, escritora e amiga e, ela aceitou.

Os dias eram tensos: ir atrás de uma por uma dessas mulheres fantásticas e explicar que tínhamos pressa. Contatos, entrevistas, revisão, busca de fotos, montagem, diagramação, capa, contra-capa, apresentação, prefácio, agradecimentos, dedicatórias…

Mas o livro saiu: Nós, Mulheres de Ouro.

Vinte mulheres entrevistadas, as curiosidades de vários esportes desvendadas, os bastidores da vila olímpica contados.

Eis aqui o relato de Ellen – e os motivos pelos quais você vai adorar a leitura.

“Além da homenagem às atletas, aprendemos muito nesse caminho e vivemos os esportes dos Jogos Olímpicos nesses dias: maratona, corrida com barreiras, salto em distância, levantamento de peso e até o mergulho!

Porque  mergulhamos nesse fantástico mundo da alta performance e percebemos que não estávamos fazendo um livro sobre esportes ou atletas incríveis. Estávamos, sim, escrevendo sobre a vida, com o olhar de mulheres vencedoras.

Atletas dos mais diferentes esportes reclamavam da mesma coisa: ter de conviver com as dores diárias dos treinos, das contusões, do corpo sendo levado ao limite.

Ora, se conversar com qualquer mulher, ela vai reclamar da mesma coisa – de ter de aprender a lidar no dia a dia com suas dores, com a alma sendo levada ao limite.

O peso da responsabilidade, de lidar com a necessidade de cada filho, de transformar sua casa em lar e ainda ter o desejo de se realizar como profissional.

As mulheres do livro contam as barreiras de preconceitos tiveram de vencer. Como Beth do Peso que foi para sua primeira olimpíada aos 43 anos de idade. Velha para o esporte – além de mulher, negra e pobre. Pratica levantamento de peso.

Hoje treina crianças carentes em sua cidade natal. Coisa de mulher de fibra.

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Preconceito também enfrentado pelas fantásticas meninas do futebol brasileiro, que não aceita mulher em campo, mesmo elas fazendo dando um espetáculo com a bola. E vai me dizer que mulher não é boa com os pés? Olha o tamanho do salto que andamos sem tropeçar!

Além do esforço pessoal que o esporte exige, te obriga a enxergar o melhor que há em cada um de nós. Para ser um grande atleta você tem de desenvolver os principais pilares da vida –  e respeitar o adversário sempre!

Saber trabalhar em equipe. Desenvolver a capacidade de se recuperar rapidamente de uma derrota. Buscar fazer melhor todos os dias. Entre tantos outros pilares que sustentam o ser humano.

Quanto aprendizado!

Lançamos o Nós, Mulheres de Ouro dias antes de começarem os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Assistimos aos jogos com o livro nas mãos e constatamos mais uma vez pelo resultado, a enorme fibra dessas mulheres.

Mas é a todas as mulheres do Brasil e do mundo que superam limites diariamente que dedicamos esse trabalho.”

 

Ellen Dastry é jornalista, pós- graduada em marketing e escritora.

Coautora do livro Nós, Mulheres de Ouro, realizado com Silvia Securato.

 Ellen Dastry é também autora do blog www.conselhodevo.com.br 




Paralimpíadas além dos 2016 – vamos encarar o esporte?

Numa piscina coberta, algumas senhoras nadam, usando uniforme (maiô) na cor azul, e usam tocas da mesma cor.

Sempre tive dificuldade em falar de esportes – já que nenhuma atividade esportiva me atrai. E olha que já tentei de tudo… Mas sou da dança e da música  e,  como estas aulas sempre tem horário fixo, acabo desistindo no meio do caminho de tanto faltar.

Mas, como sempre meu maior exemplo vem de casa: assim que minha mãe se aposentou, há 7 anos, aos 61 anos, começou a fazer hidroginástica e não parou nunca mais.

São 3 vezes na semana –  e nunca falta, mesmo  resfriada, mesmo quando faz 10 graus de temperatura, mesmo quando tem outras coisas para fazer! Ela não abre mão.

Aí, não bastando as aulas de hidro, agora apareceu outra: um mix de capoeira, alongamento, artes cênicas e canto. E ela encara: 3 dias da semana faz aula dupla, uma seguida da outra, e ela faz tudo.

Claro que isso reflete em outras áreas da vida dela: hoje  tem a maior disposição para cuidar do Marcos, que fez 42 anos  esse ano. Agora,  quando viajamos é a que mais tem disposição para “bater pernas”, não gosta de resorts (se sente presa rsrs).

E finalmente, não sai de casa sem maquiagem e sem se arrumar. Aproveita tudo que a vida lhe oferece de uma forma intensa e generosa.

Ok, posso não ser do esporte mas admiro esse tipo de postura e amo assistir ginástica artística: quando vejo aquele controle total do corpo fico imaginando o quanto conseguem controlar a mente também –   dominando a ansiedade, sem crise de comer chocolate e carboidrato e aí me animo a fazer alguma coisa.  Pena que passa rápido…

Ultimamente testei o Ballet Fitness e gostei muito. Toda 3ª feira ensaio para voltar e aí ouço da minha mãe: – vai começar para que? Para sair? E aí a gente vê que mãe dá bronca em qualquer idade que a gente tenha. Elas podem….

A beira de uma piscina olimpica a nadadora Letícia da seleção brasileira de Natação, ergue seu braço direito que segura nas mãos uma medalha - Ela está sorrindo, cabelos loiros lisos e soltos

Tenho uma amiga Letícia Lucas, de Uberlândia, linda, exuberante, que  ficou cadeirante com 10 anos de idade e pratica natação profissionalmente. Vive viajando para vários países para competir e quando vem para São Paulo me dá o prazer da sua companhia.

O que a motivou a nadar foi uma trombose e, como tantas pessoas com deficiência  e sem , ela se encontrou no esporte. Nadava quando criança no Rio São Francisco e resolveu se dedicar a esta prática.

Exemplos não me faltam do quanto o esporte nos faz bem e em ano de olimpíadas nos encantamos com todas práticas e com a dedicação dos atletas e paratletas.

Assim fica a minha promessa de me dedicar a algum esporte, com disciplina, para ter vitalidade, força e, principalmente mãe, para  não ter mais ninguém pegando no meu pé!!!

Lilian C. Fernandes

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