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Desacelere. Será que você consegue?

No mundo atual — acelerado, ruidoso e hiper conectado —, o verdadeiro luxo mudou e a elegância se manifesta em algo mais sutil e profundo: a capacidade de viver com presença. Em um cenário em que todos estão correndo, quem desacelera e presta atenção demonstra não só equilíbrio, mas também um raro refinamento.

Calma. Sem culpa! Desacelerar não é sinônimo de improdutividade, mas de consciência. É o gesto de tomar um café sem olhar o celular, de ouvir alguém sem planejar a resposta, de se permitir estar inteiro em cada momento. Essa atitude, que exige autocontrole e sensibilidade, tornou-se símbolo de sofisticação emocional. Afinal, hoje, poucos conseguem manter serenidade e atenção genuína em tempos de pressa e dispersão.

Na moda e no comportamento, esse movimento também se reflete no “quiet luxury”, o minimalismo e a busca por experiências autênticas apontam para um mesmo ideal: menos exibição, mais essência. Estar presente é uma forma de dizer — sem palavras — que você sabe o seu valor e não precisa provar nada a ninguém. A elegância contemporânea está em quem sabe ouvir, em quem respeita pausas e em quem tem  e compartilha seu tempo com generosidade e sem pressa. Tempo, é  considerado assim como a água e o ar um dos bens  mais escassos da vida moderna.

Um ato de respeito — por si e pelos outros. Desacelerar é reconhecer limites, cultivar silêncio e criar espaço para perceber o que realmente importa. E só se descobre isso, mergulhando de fato no ato da introspecção . Nas relações, isso se traduz em empatia; no trabalho, em clareza; na vida, em equilíbrio. As pessoas mais admiradas, hoje, não são as mais apressadas, mas as que conseguem manter a calma em meio ao caos e a atenção em meio ao barulho. São as grandes gestoras de crise. E, convenhamos, o que não faltam são crises uma após a outra…

Foi-se o tempo dos profissionais workaholics atolados em zilhões de horas extras. Descabelados e ofegantes, ostentavam orgulhosos toda aquela adrenalina por ser um sinal inequívoco de sucesso. Hoje, esse é o padrão. E está longe de ser um sucesso – aliás, nunca foi.

Viver com presença é o novo traje da elegância. Em um mundo que valoriza a pressa, ser capaz de desacelerar é um ato de distinção — e até de coragem. É escolher qualidade em vez de quantidade, profundidade em vez de aparência. A sofisticação do século XXI não está mais no que vestimos, mas em como nos comportamos: atentos, serenos e genuinamente presentes. Porque, no fim, o verdadeiro luxo é ter tempo — e saber vivê-lo com graça.




Simples Boas Maneiras: diferencial que abre portas

O sucesso profissional, quase sempre remete a  conhecimento técnico e experiência. Mas há um fator que muitas vezes passa despercebido e pode ser decisivo para crescer na carreira: as boas maneiras. No ambiente corporativo, cortesia e respeito não são apenas gestos de educação, mas verdadeiros diferenciais que fortalecem relações e destacam um profissional.

Mais do que seguir protocolos, as boas maneiras demonstram empatia, inteligência emocional e capacidade de colaboração — atributos indispensáveis em líderes e colegas de equipe. A cordialidade, por exemplo, cria conexões genuínas: um simples “bom dia” ou “obrigado” reforça confiança e acessibilidade, gerando oportunidades de networking e crescimento.

Saber Ouvir –  é ponto essencial pois, espeitar opiniões, sem interromper ou desmerecer, fortalece relações e resulta em decisões mais assertivas. A pontualidade também fala alto: cumprir horários e prazos mostra comprometimento e organização. Já a comunicação clara e respeitosa evita conflitos e transmite maturidade.

Pequenos gestos também revelam profissionalismo: agradecer ajuda, elogiar um colega ou evitar o celular em reuniões.

Dica para situações difíceis manter a compostura e agir com educação. Esse gesto  reforça a imagem de alguém preparado para lidar com pressão. Soma-se a isso a discrição e ética, que constroem uma reputação de confiança, um dos maiores patrimônios de qualquer carreira.

As empresas também colhem benefícios: ambientes de trabalho marcados pelo respeito tendem a ser mais produtivos, colaborativos e atrativos para reter talentos. Pesquisas mostram que as habilidades sociais são requisitos responsáveis exigidos, pois  85% do sucesso de negociações difíceis. Contra apenas 15% das habilidades técnicas.

Pois é, nesse mercado tão competitivo, as habilidades técnicas são essenciais, mas não suficientes. Boas maneiras são um detalhe que pode abrir portas, consolidar reputações e impulsionar oportunidades. Mais do que uma questão de etiqueta, trata-se de estratégia profissional. Afinal, nunca se deve subestimar o poder de uma atitude educada — ela pode ser exatamente o que diferencia você na hora certa.




Maçã do Amor é melhor que o Morango do Amor?

Se o critério fosse apenas o gosto, talvez houvesse empate. Mas quando mergulhamos na simbologia, na história e até na ciência, a maçã assume uma posição muito mais intrigante — e, sim, poderosa.

História – Eva não ofereceu um morango no Éden: foi uma maçã que marcou a queda (ou o despertar) da humanidade.

Conto de fadas – quando a bruxa má quis adormecer Branca de Neve, não escolheu uma frutinha delicada — e sim uma maçã envenenada, bela por fora, perigosa por dentro. É sempre a maçã que carrega dualidade: desejo e risco, conhecimento e punição.

Ciência – foi uma maçã — ao menos simbolicamente — que caiu sobre a cabeça de Isaac Newton e o levou a formular a lei da gravidade. A mesma gravidade que, séculos depois, guiaria os cientistas até os buracos negros.

Aliás, o conceito de buraco negro, que envolve campos gravitacionais tão intensos que nada escapa, nem a luz, é uma consequência extrema da gravidade — e tudo começou com a maçã. O morango, neste ponto, não passa de um observador calado.

Vantagem estética – a maçã é sólida, brilhante e intensa. Quando mergulhada no caramelo avermelhado da maçã do amor, ela se transforma numa escultura comestível. O morango do amor, ainda que delicioso, tem vida curta, amolece, escorre. A maçã do amor resiste. É crocante, dramática e oferece mais tempo entre a primeira mordida e o fim da experiência — como um bom livro ou um bom enigma.

Por tudo isso, a maçã do amor não é apenas melhor que o morango do amor — ela é mais complexa, mais simbólica e mais duradoura. É o fruto das histórias, dos mitos, das descobertas científicas e das metáforas eternas. Morder uma maçã do amor é, de certo modo, tocar um pedaço da história da humanidade.

E, convenhamos: nenhum príncipe jamais foi enfeitiçado por um morango.




Gentileza urbana: entenda e pratique

Em meio ao ritmo acelerado das cidades, à pressa dos compromissos e à correria do cotidiano, a gentileza pode parecer um gesto pequeno — mas carrega um impacto profundo.

Gentileza urbana é mais do que dizer “bom dia” ou segurar a porta para alguém. É um conjunto de atitudes conscientes que promovem respeito, empatia e harmonia nos espaços coletivos. E, embora sutis, essas atitudes têm o poder de transformar as relações humanas e a atmosfera da cidade.

Nas cidades, onde os encontros são inevitáveis e os atritos, por vezes, também, a gentileza se torna um ato de cidadania. Uma alternativa  que soluciona pequenos e repetitivos incômodos. Ela cria pontes, reduz tensões, melhora a convivência e faz com que as pessoas se sintam vistas, valorizadas, respeitadas. E não muda o mundo de uma vez — mas muda o momento, o dia, e quem sabe até o comportamento futuro de alguém.

Ceder o assento a quem precisa, respeitar filas, evitar falar alto ao celular em ambientes públicos, recolher o lixo do seu pet, dar passagem no trânsito e agradecer com um sorriso — são alguns exemplos de gentileza urbana. São gestos que demonstram educação, consideração e senso de convivência. Em um mundo onde cada um está cada vez mais voltado para si, quem pratica esse tipo de gentileza se destaca por lembrar que viver em sociedade é, acima de tudo, dividir espaço com responsabilidade e afeto – porque não?

Gentileza não é sinônimo de submissão ou passividade. É uma escolha ativa de agir com respeito, mesmo diante da indiferença ou do mau humor alheio. Ser gentil não exige esforço físico ou recursos materiais, mas requer atenção e intenção. E, assim como atitudes grosseiras tendem a gerar reações negativas em cadeia, a gentileza também é contagiante: um bom gesto inspira o próximo, e assim por diante.

Praticar a gentileza urbana é assumir um compromisso com uma convivência mais humana e civilizada. É reconhecer que as cidades não são feitas apenas de prédios, ruas e carros, mas, principalmente, de pessoas. E toda vez que escolhemos agir com empatia e respeito, contribuímos para um espaço coletivo mais saudável, agradável e digno de ser vivido. Em um cenário de tanto ruído e desconexão, ser gentil é um gesto com impacto real.




A cortesia começa com o silêncio

Mas o uso indiscriminado do celular em ambientes públicos tem gerado desconforto e ruído nas interações sociais. Assim como aprendemos regras de convivência à mesa ou no trabalho, é fundamental desenvolver uma etiqueta digital que reflita respeito pelo espaço e pelas pessoas ao nosso redor.

Volume – o uso de fones de ouvido é indispensável em locais públicos – para ouvir áudios ou assistir vídeos. E para ligações simples fale baixo ou use também os fones. Simples assim: ninguém precisa participar involuntariamente de conversas alheias ou escutar trilhas sonoras e podcasts no transporte, na sala de espera ou na fila do banco. A cortesia começa com o silêncio.

Comportamento em interações presenciais – estar fisicamente com alguém e ao mesmo tempo imerso no celular transmite desinteresse e falta de consideração. Evite manusear o aparelho enquanto conversa especialmente em encontros sociais, reuniões ou refeições. A atenção é uma forma de respeito — e, hoje, um sinal valioso de gentileza.

No trabalho ou estudando – manter o celular em modo silencioso ou vibratório é essencial. Atender ligações pessoais em voz alta ou responder mensagens durante compromissos profissionais compromete a imagem de profissionalismo.

Teatros, cinemas, igrejas ou cerimônias – o ideal é desligar o aparelho ou ativar o modo avião. A luz da tela ou o simples toque pode interromper momentos importantes e incomodar as pessoas.

Fotos ou vídeos de pessoas desconhecidas – fazer sem permissão é uma violação de privacidade. O fato de estar em um ambiente público não torna essa prática aceitável. A etiqueta moderna envolve ética e empatia digital.

O uso consciente do celular em locais públicos vai além de boas maneiras — é um exercício de convivência e empatia. Quando usamos a tecnologia com responsabilidade, mostramos não só educação, mas também consideração pelo outro. E essa é, sem dúvida, uma das formas mais nobres de civilidade. Se o celular é parte da nossa vida, que seja também um reflexo da nossa melhor versão.