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Como unir o clássico e o moderno com elegância

Mesclar peças clássicas e modernas é um processo que vai além de seguir tendências — é sobre traduzir quem você é por meio das escolhas que faz. Quando aprendemos a refinar as escolhas, o resultado pode ser um visual sofisticado, autêntico e atemporal, capaz de se adaptar a diferentes momentos e contextos.

A força das peças clássicas – elas nunca saem de moda: carregam simplicidade, estrutura e elegância. Um blazer bem cortado, uma camisa branca de boa modelagem ou uma calça de alfaiataria são exemplos de peças que resistem ao tempo e às tendências. Elas funcionam como base neutra, permitindo combinações versáteis e transmitindo credibilidade e confiança. São o alicerce de qualquer guarda-roupa inteligente — aquele que funciona sem esforço e reflete sofisticação natural.

O toque moderno que renova – já as peças modernas trazem frescor, ousadia e movimento. São os detalhes — uma cor vibrante, uma modelagem diferente, um acessório marcante — que atualizam o look e dão um toque de contemporaneidade. A chave está em usar a moda como meio de expressão, não de excesso. Um tênis estiloso com vestido clássico, um jeans desbotado com blazer estruturado ou uma bolsa geométrica com alfaiataria: pequenas inserções que revelam atitude sem comprometer a elegância.

O segredo da proporção – mesclar o clássico e o moderno exige sensibilidade. O equilíbrio vem quando um estilo complementa o outro, e não quando competem pela atenção. Se a peça moderna se destaca, o ideal é que o restante do visual mantenha linhas mais limpas e tons neutros. Assim, o resultado é coerente, sofisticado e transmite segurança. Lembre-se: estilo não é sobre quantidade ou impacto, e sim sobre intenção.
Combinar o clássico e o moderno é um exercício de autoconhecimento e bom gosto. É descobrir que o verdadeiro estilo nasce da capacidade de reinterpretar o tradicional com um olhar contemporâneo, sem perder a essência. Quando você encontra esse equilíbrio, não precisa de excessos para se destacar — sua personalidade fala por si. Afinal, elegância é justamente isso: dizer muito com pouco.




Para encontrar sua Voz

É fácil cair na armadilha de seguir fórmulas prontas, mas o resultado, na maioria das vezes, é a perda de identidade.

Nesse cenário barulhento, saturado de opiniões, encontrar o próprio tom de voz e estilo pode parecer um desafio quase impossível. No entanto, é justamente essa autenticidade que diferencia marcas, profissionais e criadores de conteúdo. Descobrir quem você é — e como quer se comunicar — é o primeiro passo para se destacar de forma verdadeira e duradoura.

O barulho das tendências – as redes sociais impulsionam ciclos rápidos de popularidade. Um formato, uma estética ou um tipo de linguagem viraliza e, de repente, parece que todo mundo precisa fazer igual para ser notado. Essa pressão constante  gerar muita insegurança e pode afastar as pessoas da própria essência. Ora, público percebe quando algo é forçado — e valoriza quem se mantém coerente, mesmo em meio as modas passageiras.

Autenticidade – encontrar seu tom de voz é um processo de autoconhecimento. Envolve entender o que você acredita, o que quer comunicar e como quer ser percebido. Pergunte-se: o que realmente te representa e que  valores quer transmitir em cada palavra, imagem ou atitude? Ouça feedbacks, observe o que ressoa com seu público, mas não se prenda a agradar todo mundo. O estilo próprio nasce quando a expressão se alinha com a verdade interior.

Equilíbrio entre influência e autenticidade – seguir tendências não é um problema — o segredo está em adaptar o que faz sentido e deixar o resto passar. Inspire-se, mas personalize. Um bom comunicador ou criador não ignora o mundo ao redor, apenas escolhe o que se encaixa na sua narrativa. A autenticidade não está em rejeitar tudo o que é popular, e sim em usar o que há de novo sem perder a própria essência.

No meio do ruído digital, a voz autêntica é o som mais nítido. Encontrar seu estilo exige paciência, reflexão e coragem para ser fiel a si mesmo,  ainda que o mundo pareça seguir em outra direção. O verdadeiro diferencial não está em ser o mais atual, e sim em ser o mais genuíno. Porque, no fim das contas, as tendências passam — mas a identidade permanece.




Simples Boas Maneiras: diferencial que abre portas

O sucesso profissional, quase sempre remete a  conhecimento técnico e experiência. Mas há um fator que muitas vezes passa despercebido e pode ser decisivo para crescer na carreira: as boas maneiras. No ambiente corporativo, cortesia e respeito não são apenas gestos de educação, mas verdadeiros diferenciais que fortalecem relações e destacam um profissional.

Mais do que seguir protocolos, as boas maneiras demonstram empatia, inteligência emocional e capacidade de colaboração — atributos indispensáveis em líderes e colegas de equipe. A cordialidade, por exemplo, cria conexões genuínas: um simples “bom dia” ou “obrigado” reforça confiança e acessibilidade, gerando oportunidades de networking e crescimento.

Saber Ouvir –  é ponto essencial pois, espeitar opiniões, sem interromper ou desmerecer, fortalece relações e resulta em decisões mais assertivas. A pontualidade também fala alto: cumprir horários e prazos mostra comprometimento e organização. Já a comunicação clara e respeitosa evita conflitos e transmite maturidade.

Pequenos gestos também revelam profissionalismo: agradecer ajuda, elogiar um colega ou evitar o celular em reuniões.

Dica para situações difíceis manter a compostura e agir com educação. Esse gesto  reforça a imagem de alguém preparado para lidar com pressão. Soma-se a isso a discrição e ética, que constroem uma reputação de confiança, um dos maiores patrimônios de qualquer carreira.

As empresas também colhem benefícios: ambientes de trabalho marcados pelo respeito tendem a ser mais produtivos, colaborativos e atrativos para reter talentos. Pesquisas mostram que as habilidades sociais são requisitos responsáveis exigidos, pois  85% do sucesso de negociações difíceis. Contra apenas 15% das habilidades técnicas.

Pois é, nesse mercado tão competitivo, as habilidades técnicas são essenciais, mas não suficientes. Boas maneiras são um detalhe que pode abrir portas, consolidar reputações e impulsionar oportunidades. Mais do que uma questão de etiqueta, trata-se de estratégia profissional. Afinal, nunca se deve subestimar o poder de uma atitude educada — ela pode ser exatamente o que diferencia você na hora certa.




Abuso emocional – dá pra prevenir?

Quando o entusiasmo do início fala mais alto, é comum ignorarmos sinais que, mais tarde podem se transformar em problemas.

Mas atenção: esses sinais de alerta, conhecidos como red flags ou “bandeiras vermelhas”, não devem ser vistos como pequenas manias sem importância, mas como indícios de comportamentos que podem comprometer a saúde emocional e a estabilidade de uma relação. As principais são:

Falta de respeito com os outros – alguém que trata mal garçons, colegas de trabalho ou até familiares pode, em algum momento, direcionar esse mesmo comportamento para o parceiro. simples assim.

Dificuldade em se responsabilizar pelos próprios erros – quando tudo é culpa dos outros, o relacionamento corre o risco de virar um espaço de cobrança injusta. E isso tem um peso enorme, em algum momento a corda arrebenta.

Incoerência entre discurso e prática – também merece atenção. Se a pessoa fala muito sobre honestidade, mas mente em situações cotidianas, há um desequilíbrio entre o que ela diz e o que realmente é.

Ciúme excessivo e o controle constante – sinais claros de que a relação pode se transformar em algo sufocante, limitando a autonomia individual.

Incapacidade de lidar com frustrações – explosões de raiva, manipulação ou silêncio punitivo, desgasta qualquer vínculo.

Falta de empatia – dificuldade de ouvir, compreender ou apoiar, sinaliza que talvez não exista espaço para crescimento conjunto.

Observar esses sinais não significa desconfiar de tudo ou esperar perfeição. Mas é importante distinguir pequenas imperfeições de comportamentos que comprometem a confiança, a segurança e o respeito mútuo.

Então antes de se entregar totalmente a um relacionamento, vale sim  aprofundar-se  além da química inicial e das afinidades superficiais. Identificar as bandeiras vermelhas é uma forma de proteção emocional e de valorização pessoal. O amor saudável não nasce da insistência em mudar alguém, mas da escolha consciente de estar com quem soma, respeita e compartilha valores essenciais. E reconhecer os alertas no caminho não é pessimismo — é maturidade.




O poder da comunicação afetiva na saúde mental – por Cristina Mesquita

Em um ritmo acelerado e sob pressão constante, muitas pessoas se sentem sobrecarregadas e solitárias. Nesse cenário, a comunicação afetiva se revela um recurso valioso, capaz de transformar o convívio em espaço de acolhimento e oferecer alívio diante das tensões da vida moderna.

Quantas vezes nos pegamos pensando que vamos procurar aquele amigo que nos compreende e nos aceita do jeito que somos, sem julgamento? Na realidade, estamos em busca de uma palavra de incentivo ou de uma motivação. Pequenos detalhes atuam como fatores de proteção diante do sofrimento psíquico. Por outro lado, a comunicação agressiva, marcada por críticas e indiferença, gera isolamento e baixa autoestima, aumentando a sensação de solidão vivida em silêncio.

Sem saúde mental não existe saúde física. O equilíbrio emocional é o alicerce que sustenta nosso corpo, nossa produtividade e nossa capacidade de viver plenamente. Cuidar da mente significa também cuidar do corpo.

No convívio social, em casa ou no trabalho, a forma como nos relacionamos influencia a vida coletiva. Empresas que promovem uma boa convivência saudável colhem resultados em produtividade e bem-estar. Escolas que incentivam habilidades socioemocionais preparam crianças e jovens não apenas para o desempenho acadêmico, mas para a vida em sociedade.

Gentileza não é romantismo, é prática social que reduz conflitos, fortalece vínculos e cria redes de apoio. Para que essa cultura se enraíze, é necessário que cada um de nós adote atitudes conscientes e consistentes no dia a dia, cultivando o respeito e a empatia. A comunicação afetiva, por mais transformadora que seja no nível individual, se fortalece quando é praticada de forma coletiva, melhorando relações, criando ambientes acolhedores e inspirando outras pessoas a fazer o mesmo.

O estresse é uma realidade do nosso tempo, mas o acolhimento pode ser a resposta. Se falarmos com mais cuidado, ouvirmos com mais paciência e agirmos com mais gentileza, já promoveremos mudanças reais. Cuidar da mente não deve ser apenas gesto individual, mas um compromisso coletivo e condição essencial para uma sociedade mais justa e saudável.

Cristina Mesquita é jornalista, cerimonialista e graduada em Direito. Diretora de Comunicação da Associação Brasileira de Profissionais de Cerimonial (ABPC), é coautora do livro ‘Comunicação & Eventos’ e especialista em organização de eventos. Possui MBA em Gestão de Eventos pela ECA-USP.