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Viagens: de acordo com o seu momento

Por vício de profissão fui anotando mentalmente alguns detalhes que me fizeram repensar uma série de fatores para levar em conta em uma próxima viagem – e assim aproveitar melhor, tanto roteiro quanto a própria experiência em sua plenitude.

Finalmente entendi o turismo para pessoas com mais de 60 anos – e as razões pelas quais  é um nicho  tão interessante,  nada tem a ver com falta de vitalidade, ou velhice. Não se trata de idade, mas de como nosso olhar – e expectativas – mudam conforme com o tempo.

Quando somos jovens, e viajamos, quase nada importa exceto a novidade em si, os encontros, o point do agito, bares da moda, olhares cheios de promessas e eventualmente música, comida e a história do local. Em algum momento, isso muda.

Na maturidade – com ou sem filhos o foco é outro:  com mais peso no quesito trabalho priorizamos a estrutura e localização central dos hotéis. E, no caso de viagens em família preferimos resorts, restaurantes familiares, facilidade de transporte… etc.

Temos mais necessidade de  estar em grandes  centros urbanos com lojas, conhecer e consumir grifes, visitar grandes museus e mostras importantes e, claro não nos importamos com intermináveis filas em parques temáticos com os filhos.

50 Mais  – é a idade de resgatar os sonhos. O foco é  muito maior em lazer mais seletivo, saúde e bem-estar. Pensamos em viagens que priorizem beleza, e tempo de qualidade, destinos mais selecionados, com mais privacidade e uma certa sofisticação nos restaurantes. Não mais viagens em grupos ou com amigos que mal conhecemos. Apenas os vínculos consistentes – e pessoas que andam e entendem nosso ritmo para nos acompanhar.

60 mais – o tempo é outro: queremos voltar aos locais que nos acolheram, hotéis com boa estrutura, centros urbanos menores, mais “amigáveis” com bons recursos médicos. Parece piada mas, para alguém dessa idade,  boas farmácias em viagem fazem mais sucesso do que uma loja de marca aos 40 anos ou uma liquidação aos 30. Em trechos maiores de carro, banheiros bons no caminho são essenciais. Aliás, bons banheiros sempre: em hotéis, aeroportos, estradas e afins.

Pausas – sim, em viagem, as pausas são fundamentais. Se na vida elas são essenciais, em uma viagem, são parte do prazer de qualquer  roteiro. Quando jovens esse conceito nos escapa – assim como tantas coisas. Mas, hoje, fazer uma viagem na correria é a definição de inferno na terra.

Portanto, se está planejando uma viagem de fim de ano, de férias ou mesmo de presente para você e sua família, pense no conselho dessa senhora viajante: análise com cuidado – não o roteiro, mas o seu desejo e, principalmente, seu momento. Siga seu coração e permita-se sonhar, voltar aos seus cantos preferidos e, agradecer a Deus mais essa oportunidade e privilégio em uma bem-vinda  e importante pausa, em boa companhia. Boa viagem!




Horta em Casa: funciona meeeesmo!

Até que, na quarentena aos poucos fui fazendo as pazes com vasos plantados: tinha mais tempo para observar, regar, podar etc. E, percebi que era mais uma questão de paciência e tempo.

Comecei a pensar em uma velha ambição minha que jamais levei a sério por acreditar que não daria conta: uma horta em casa! Quis o destino que meu amigo Paulo me presenteasse com uma e … eureka!! Minha vida mudou! Principalmente no quesito gastronômico!

Cabe e não suja – são dois caixotes (um dê conta do recado também) com rodinhas para você mudar de lugar (se quiser) conforme o sol… Não vaza, e basta regar uma vez por dia.

Vem plantados todo tipo de hortaliça que você pedir. Escolhi, entre outras coisas: pimenta, manjericão, verbena, hortelã, lavanda, salsão, alecrim e alface.

Na realidade achei que ia durar – bonitinha verde e exuberante – no máximo uma semana. Não é que vai fazer 3 meses e só agora precisei da “visita de manutenção”?

O que precisa – a coisa toda é de uma simplicidade deliciosa: água, sol e 15 minutos por dia de cuidado. Poda dia sim, dia não (super terapêutico) e uma vez por semana pulverizar um óleo anti fungos. Fica linda, verde, perfumada e – o melhor – tenho tudo que preciso ali, na hora que quero.  Olha só:

Temperos: com a pimenta fiz azeite e, vira e mexe uso a própria pimenta mesmo. Tempero saladas, caldinho de feijão, carnes… faço molhos. O alecrim uso para as carnes, frango e batatas assadas que fica um show!

Saladas – salsão e alface fresquinhos – que crescem muito – já me salvaram da geladeira vazia mais de uma vez… E ainda uso o salsão para fazer caldos o tempo todo.

Infusões – a verbena, hortelão e lavanda que preparo frias ou quentes… Ou simplesmente para dar sabor e enfeitar jarras de água gelada agora que o tempo está mais quente…

Manjericão – cresce muito e podo quase todos os dias: perfuma a cozinha, rende para fazer molho Pesto, assim como deliciosas bruschettas…

Flores para comer e dar cor a pratos – além de alegrar e colorir a horta na sala, elas enfeitam os pratos e são gostosas: em saladas ou mesmo emprestando cor a massas e risotos.

Se animou? Acredite: basta um canto onde bata sol por 2 ou 3 horas seguidas – e você vai se beneficiar muito com esse resgate – ainda que pequeno, mas no coração do seu lar – desse vínculo com a Natureza!