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Food Trucks – qual o truque ?

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Muitas vezes há mesinhas improvisadas para apoiar pratinhos e copos. Beleza. Mas, quando isso não acontece o jeito é aprender a comer com classe com as mãos.

Não seja folgado/a – nos food trucks onde os espaços são exíguos – é importante compartilhar. Desde o guardanapo ao tempero e a mesinha. Não é hora para privacidade e individualismo.

E também não é o caso de eternizar discussões sobre o que quer que seja em frente ao lugar. Coma, saia logo – dê espaço ao próximo cliente.

O desafio é fazer isso de sem manchar a roupa. E sem cair do salto, claro. Se você for do tipo que adora condimentar pessoalmente seu prato, lembre de apoiá-lo antes em alguma superfície.

E livre-se de acessórios como bolsa (que nem deveria acompanhar em uma situação “almoço no truco”), celulares, etc. Dessa forma você estará menos propenso a pequenos desastres com molhos, azeites, vinagretes, etc.

Já falamos aqui de algumas comidas tradicionalmente degustadas com as mãos, mas, em frente ao caminhão, a situação é mais delicada pois há muito mais interação e, literalmente não tem muito para onde fugir quando você se atrapalha com alguma coisa.

Só pra recordar: além das tradicionais coxinhas, pastéis, empadinhas, etc tem:

Comida árabe – além das esfihas, come-se também o tabule dentro da folha de alface, ou mesmo o falafel, homos, coalhada seca, babahanuch dentro do pão sírio.

Sushis e sashimis – são feitos também para comer com a mão! Dito por Lumi Toyoda, professora de etiqueta japonesa aqui no Brasil. Ocorre que, aqui, a gente acaba afogando o sushi no shoyu e aí não dá certo. A técnica correta é pegar o sushi e molhar o lado do peixe (e não do arroz que pesa e desmonta com o molho). Além de o sabor ficar mais suave, permite que você coma com as mãos – como fazem no Japão.

Food-Truck-tacos_claudiamatarazzoTacos Mexicanos – também come-se com a mão, mas atenção: se escolher um recheio mais molhado é preciso comer rapidinho senão a massa amolece e se desfaz- facilitando o desastre…

Empanadas argentinas e chilenas – na Argentina, todos os nativos comem com as mãos muito naturalmente enquanto os turistas  brigam para parti-las com garfo e faca sem perder o recheio.

 Pizza – na Itália come-se pizza com a mão. Mas, dobra-se o pedaço ao meio para permitir uma pegada mais firme. E tenha o cuidado de não inclinar, para não escorrer gordura etc.Food-Trucks_pizza_claudiamatarazzo

Hamburguers e Cachorro quente – com a mão lógico – desde que não seja o Mac duplo com todos os molhos e … Em pé não rola…

Porque é caro se é na rua? – pois é: nem adianta reclamar. Sanduiche de Food truck não é qualquer sanduíche. O mesmo vale para qualquer tipo de prato ou especialidade. Voce tem ali um Chef (ou aspirante a chef). Portanto, se estiver procurando um bom custo benefício,  lembre que é pra focar no charme e na aventura  – e esqueça comodidade e frescura…

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Spaghetti History – ou a e evolução do espaguete

Ah, os italianos! Sabem, como ninguém agradar ao paladar e as mulheres – nessa ordem. Em solo italiano a massa chinesa virou paixão mundial!

Brancos e vermelhos – até hoje, na Italia, as massas são divididas em duas categorias distintas: as brancas, preparadas mais simplesmente – apenas “ao azeite,” na manteiga, com molho branco, refogadas com azeite, cebola, alho e/ou pimentas e ervas. Já as vermelhas “ao pomodoro”, cuja base do molho são os tomates ou “pomodori” em italiano.

Spaghetti al olio – ou “in bianco” é  provavelmente uma das mais antigas receitas, também preparado com manteiga, que garantia uma certa energia ao corpo dos que trabalhavam na terra, potencializada pelo trigo da massa. Em algum momento, alguém acrescentou o alho a receita e eis que surgia o “aglio e olio” com sabor picante, totalmente diferente!

Spaghetti al Pepperoncino – no sul da Italia, onde é imenso o cultivo das pimentas (calabresas e similares como o super popular pepperoncino) acrescentaram-se as pimentas – de todas as espécies e em quantidades variadas – ao espaguete . Nascia um dos campeões nacionais: além da picância do alho, o ardor das pimentas vermelhas faz o contraponto perfeito ao sabor neutro da massa tenra…

Caccio e peppe – o caccio é um dos muitos e saborosos queijos produzidos na Itália. De modo que, para quem gosta de um pouco mais de sabor e uma certa “crocância” na textura, acrescentar caccio ralado e pimenta no momento em que se tira amassa da água acaba derretendo o queijo, e incorporando a pimenta (preta) a massa, tornando-a mais espessa e deliciosamente encorpada!

Spaghetti al pesto – feito com manjericão picado, queijo ralado, alho e azeite, apesar de verde, essa receita pertence a categoria dos brancos. E é deliciosa e perfumada…

Spaghetti al Pomodoro – até agora falamos da linhagem  dos brancos, mas o molho de tomate feito em casa, refogado com azeite e cebola, mexido e apurado por horas até adquirir o sabor e textura perfeitos, acabou se tornando outra paixão  – e base para outras tantas receitas de  espaguetes vermelhos.

A medida que a população começou a ter mais acesso a ingredientes mais “caros” acrescentaram-se outros sabores, tanto nos brancos quanto nos vermelhos.

Spaghetti a Carbonara – é uma das receitas brancas mais trabalhadas: leva ovos, bacon (ou panceta), além da manteiga e pimenta preta.

Matriciana e Puttanesca – o primeiro, vermelho, com base de molho de tomates, além da cebola refogada, leva bacon. E, finalmente, o super trabalhado e muito saboroso, alla Puttanesca- com tomates cereja, refogados com cebola, azeitonas pretas e pedaços de aliche e|ou anchovas.  Pedaçudo, esse molho acompanha também peixes brancos e complementa com deliciosas bruschetas!

Sem falar que hoje existem massas para vegetarianos, com e sem glúten, e com uma infinidade de formatos e recheios…




Damorida de cogumelos

Damorida de Cogumelos (foto divulgação: Livro Mesa Brasileira, Claudia Matarazzo – Editora SENAC)

Ingrediente para 2 porções:

  • 2l de água;
  • 08 pimentas variadas, inteiras;
  • 10 pimentas-de-cheiro que não ardem;
  • 02 colheres (sopa) de pó de cogumelo Yanomami Sanöma;
  • 15g de cogumelo Yanomami Sanöma;
  • 300g de cogumelo shiitake e shimeji;
  • 02 colheres (sopa) de tucupi negro;
  • Pedaços de beiju de mandioca a gosto;
  • Sal a gosto

Preparo:

Em uma panela de barro coloque água, todas as pimentas, o pó de cogumelo e os cogumelos Yanomami (previamente hidratados) para ferver. Após abrir fervura, reduza ara fogo médio. Em uma frigideira antiaderente, grelhe os cogumelos shiitake e shimeji e, depois, acrescente na panela em que e4stão os outros ingredientes. Deixe cozinhar por 30 minutos em panela tampada, em fogo médio, até as pimentas estarem macias, Ajuste o sal se quiser.

Coloque o tucupi negro e tampe a panela até a hora de servir. Sirva em tigelas fundas ou cumbucas de tacará com pedaço do beiju de mandioca.

Diquinha!!!!

  1. Podem ser utilizados cogumelos que você gostar ou encontrar;
  2. Se não gostar de comida picante, coloque só 2 pimentas dedo-de-moça ou malaguetas inteiras. A picância está nas sementes, por isso elas não cozidas inteiras aqui.

 

Receita da Chef Denise Röhnelt de Araujo– retirada do Livro Mesa Brasileira




Como vamos emergir desse período?

Há quem diga que quem era bom vai ficar melhor e quem era do mal não conserta, só piora. Mas, vamos falar das habilidades sociais e do lazer que, aos poucos está retornando mais livre – para felicidade dos que gostam de espaços públicos – sejam eles praias e parques ou shoppings.

O que me inspirou esse assunto foi uma cena que testemunhei em uma praça de alimentação em minha primeira saída “puramente a lazer.”

O casal se levantou e largou bandeja, copos e muita sujeira sobre a mesa. O homem, olhando para trás, percebeu e voltou para recolher. A mulher, em vez de ajudar, o repreendeu em voz esganiçada “Anda fulano, não está vendo que tem funcionária para fazer isso?”

Horrorizei. Ora, as praças de alimentação, tem mesmo funcionários para recolher e repor o material. Mas é (ou deveria ser) para recolher as bandejas – e apenas isso – devidamente ordenadas em totens próprios para tal.

Ao deixar a mesa emporcalhada (não há outro termo), os clientes mal-educados estão prejudicando o fluxo e o timing pois, até que a mesa esteja limpa ninguém se senta.

E os tais funcionários são em número reduzido e calculado para ir e vir levando e trazendo bandejas limpas. Não para trazer panos e limpar porcarias grudentas de gente que sequer tem o cuidado de esvaziar pratos e xícaras no local apropriado.

Sim, agora todos tem álcool em gel e álcool 70 para higienizar, sim, eles são superatentos, mas não estão lá “para fazer isso” como disse a gralha.

Estivesse ela na Europa – o tal primeiro mundo para o qual tanto babamos ovo – pode ter certeza de que levaria um pito do dono do lugar. Ou do gerente. Que prontamente pediria que ela organizasse o lugar. Exagero? Nada disso. Lá os poucos funcionários disponíveis são pagos a peso de ouro – e quem atende as mesas se não for o dono é um parente ou funcionário super qualificado que não está “aí para fazer isso.”

Quem trata espaços públicos como um grande lixão certamente deve morar mal e tratar seu próprio quarto da mesma maneira. Assim como a família e, provavelmente desrespeita o sagrado momento de compartilhar a comida a mesa.

Sagrado sim: em meio a tanta incerteza nada mais sagrado do que ter comida e casa para compartilhar. E cuidar tanto de um quanto de outro é o começo para entender que não é normal comer pão diretamente sobre a mesa e largar as migalhas lá para alguém “limpar isso.”

Elite mal-educada, insensível e míope é escória com dinheiro. E não vale nada. Como vamos emergir desse período é uma escolha possível – e importantíssima para o futuro dos nossos filhos, mas, também para o nosso, não acham?




OVO POLONÊS

Super fácil de fazer! Gostoso, só não é fit… mas uma vez ou outra não faz mal, né?

Calcule 1 ovo por pessoa como entrada e 3 metades caso sirva como prato.

Ingredientes

Ovos

Farinha de rosca

½ xícara de cebolinha bem picada

½ xícara de salsinha

Manteiga (quantidade para fritar)

Sal e pimenta a gosto.

Modo de fazer:

  • Cozinhar os ovos por 15 minutos e deixar esfriar;
  • Corte ao meio no sentido longitudinal, com cuidado com uma faquinha de serra sem danificar a casca;
  • Retire delicadamente o ovo da casca com uma colherinha e reserve a casca;
  • Pique bastante os ovos, tempere com sal e pimenta a gosto;
  • Em uma frigideira, refogue a cebolinha na manteiga e acrescente o ovo picado fritando bem. Retorne as cascas apertando um pouco para não descolarem facilmente.
  • Empane com a farinha de rosca e frite novamente com as metades viradas para a manteiga bem quente.
  • Polvilhe a salsinha para enfeitar e dar cor.

Opcional – pode usar, no lugar das cascas de ovo, pequenos ramequins e, se não quiser fritar, pode levar ao forno para gratinar.