1

Etiqueta para Crianças

girls_tea_party-1559937

A esperteza de minha mãe em nos ensinar, ainda pequenos, as regras de etiqueta como se fosse brincadeira foi fundamental para que nos tornássemos adultos mais seguros e transitar com facilidade nos ambientes mais variados.

Quando me perguntam com que idade é bom ensinar as regras básicas de comportamento para as crianças respondo que quanto antes melhor. Desde pequenininhos mesmo!

Acredito nisso – pois vivi a experiência com minha mãe Teresa, criatura curiosa e sociável, que fez questão se nos apontar desde sempre as diferenças de costumes e modos de fazer nas mais variadas situações do dia a dia.

Fazia isso de forma divertida e aprendíamos meio que sem perceber – embora ela fosse rigorosa para nos mostrar e impor limites.

Agradeço a ela até hoje e insisto que é mais fácil e útil do que se imagina!

A criança fica mais segura: ela tem respostas e sabe como agir e porque deve ser daquela forma.

Elas aprendem a socializar com mais facilidade – cientes dos limites, fica muito mais fácil participarem de grupos, brincadeiras e fazer amizades criando vínculos de qualidade ao longo da vida.

Educação encanta igualmente pais e colegas – quer coisa melhor? Os pais dos amigos certamente vão reparar que seu filho é educado e descolado. E os amiguinhos respeitam esse conhecimento e atitude que, além de não ocupar espaço, facilita a vida – mesmo na infância.




As armadilhas do decreto 10.502

No último 30 de setembro, o governo nos presenteou ia com o decreto que institui a Política Nacional de Educação. Um verdadeiro “soco no estômago” de quem, há décadas, luta por uma educação igualitária respeitando as singularidades de seus alunos.

 

A segregação nas entrelinhas – fragilidade e crueldade disfarçadas por trás de palavras doces. O artigo sétimo fere tão gravemente documentos internacionais e constitucionais sobre a Política da Pessoa com Deficiência que chega a ser o cúmulo da falta de respeito e de civilidade. Na verdade, todo o texto é uma afronta aos direitos adquiridos pelo movimento.

O artigo sétimo nos empurra para o paredão da segregação sem dó nem piedade. Ele “propõe a criação de centros bem específicos, como deficiência visual, deficiência intelectual, transtorno global de desenvolvimento, deficiência físico-motora, superdotação, surdez”. Bem mais que desmerecer a diversidade e características humanas, o artigo aponta para nós dizendo que a escola comum não é lugar para quem tem deficiência. Socorro!

A Educação prepara para o mundo e o mundo é um só – como professora e gestora pública sempre entendi que conviver com a diversidade exige de nós novos posicionamentos, não só metodológico ou instrumental, mas também ético. Aí está o grande desafio para que um projeto de inclusão aconteça com sucesso. A realidade das nossas escolas é cercada por enormes desafios e de muitas tarefas a cumprir para atender a missão de ensinar a todos.

Não vamos nos calar diante de tamanho retrocesso e nem tampouco vamos permitir ofuscar o mais de um milhão de alunos matriculados na Educação Especial das escolas nos últimos doze anos. Pessoas com deficiência são reconhecidas por sua luta incessante pela igualdade e por reivindicar respeito aos direitos conquistados. Manter o foco sobre temas relacionados a essas conquistas é romper com a forma nefasta com que nos agridem documentos como esse.

Termino com uma reflexão do professor Boaventura de Souza Santos: temos o direito de ser iguais quando a nossa diferença nos inferioriza; e temos o direito de ser diferentes quando a nossa igualdade nos descaracteriza. Daí a necessidade de uma igualdade que reconheça as diferenças e que não produza, alimente ou reproduza as desigualdades.

Não se iluda. Trazer as pessoas com deficiência para todos os espaços comuns da sociedade e avançar no conhecimento pode ser ameaçador para aqueles que permanecem na barreira do desrespeito, da desigualdade e da discriminação.

 

 




Evite dizer em seu ambiente de trabalho

A etiqueta do escritório é uma questão de delicado equilíbrio e que muitas pessoas não pensam ser importante, quando na realidade é essencial.

E, sim é precisa ter cuidado com o que dizer aos colegas de trabalho, clientes e fornecedores para proteger sua carreira.

Aqui estão algumas coisas que você precisa – e pode – evitar discutir com no trabalho:

Reclamações sobre seu chefe – por mais que seu supervisor seja irritante, discutir sua opinião sobre ele com outras pessoas no escritório é uma das piores coisas que você pode fazer. Simples assim.

Dizer que algonão faz parte do trabalhovocê é contratado, e recebeu treinamento preparando-o para suas tarefas. No entanto, à medida que o tempo passa e você se torna competente nessas e outras tarefas. Em pouco tempo você percebe que  assumiu mais trabalhos e missões. Aceite o fato de que isso é inevitável e aceite as mudanças com um sorriso.

Fofocas e Rumores – se a tentação de espalhar o boato mais recente o desagradar, afaste-se do grupo que o está iniciando. Você sabe quem são as grandes bocas do escritório, assim como seus supervisores. Seja legal com eles, mas não se torne um deles.

Informação pessoal – antes de contar a alguém sobre os hábitos repugnantes de seu parceiro ou a os problemas de seus filhos na escola, pare e pense. Isso é algo que você realmente deseja que essas pessoas saibam?

Debatendo política ou religião –  ambos são temas são apaixonantes e debates acalorados podem causar atritos entre as pessoas que precisam se dar bem para alcançar objetivos relacionados ao trabalho. Encontre outra coisa para discutir.

O escritório é como um segundo lar para a maioria das pessoas que trabalham, portanto, muitas vezes se torna um ambiente onde aquele delicado equilíbrio sobre o qual falamos no começo torna-se indispensável.

É preciso sair de seu caminho e até mesmo fazer tripas coração para não contaminar o ambiente com polêmicas tóxicas e inúteis – já basta o momento polarizado com argumentos inflamados e até violentos que vivemos como Nação. Preserve-se: pense, respire e, na dúvida, cale-se. E verá que tem muito a ganhar. E nada a perder.




Ministro Weintraub: não falta verba, mas Equilíbrio.

Porque, nas palavras do próprio presidente, se “não pensar como ele ou ele não concordar, está fora”. Ainda, segundo ele porque essa é “a regra do jogo”.

O que é isso Presidente? Onde está o diálogo que o senhor prometeu em campanha? E lembra quando tanto demonizou o PT por “ideologizar e aparelhar”  tudo quando estava em campanha?

Pois é: tanto o Presidente quanto seu  Ministro da Educação Weintraub estão fazendo igualzinho – apenas usando a ideologia da direita.  Repito que sempre fui de direita. Sempre votei mais ao centro e a direita porque a direita me parecia um sistema mais…livre.

Mas vamos ao que interessa: o Futuro. Futuro esse que o Governo está comprometendo seriamente e agora em massa: não se contenta mais em demitir um ou outro ligado a setores culturais cujas ideias eles “não concordem”. Passaram agora a cortar verbas de “Todas as Universidades Federais” sob a fraquíssima alegação de que “promovem balburdia”.

Concordo que em algumas Universidades haja uma movimentação mais desorganizada, solta e permissiva. Mas não é tarefa do Governo controlar isso – muito menos punir cortando verbas de ensino e Pesquisa.

Bem na Foto – O Ministro talvez não saiba da força e Prestígio de nossas Universidades Federais. A do Paraná, por exemplo, está entre as melhores do mundoem 2019 em um levantamento da Times Higher Education entre 1250 Universidade de 86 países do mundo!

Essa lista é liderada por nada menos que a Universidade de Oxford – e a nossa do Paraná, está lá, pelo segundo ano consecutivo.A USP,  Universidade de São Paulo também está nessa lista e figura como a melhor entre as Brasileiras.  Seguida da Unicamp de Campinas e da  UFMG de Minas.

O que é um pouco de balbúrdia diante de um feito desses? Justifica cortar 30% da verba porque não se concorda com a possível ideologia do reitor X ou Y?

Um terço do orçamento senhores!– sabem o que significa cortar isso em pesquisa e educação? E nem me venham com a conversa pra lá de apelativa que vão remanejar essa verba para custear creches.!! Creche pode ser cobrada dos empresários que empregam mulheres – já existe uma lei que obriga as empresas a terem uma creche e ninguém (ou muito poucos as cumprem)!

Falta equilíbrio e diálogo a esse Governo. Gritam, agridem e não ouvem. Recusam-se a conversar Mas deviam. Converse Presidente. Ouça e seja plural. O meio do caminho e a conciliação são sempre a melhor resposta – e a que deixa todos satisfeitos. Em se tratando de pessoas – e da Educação – apenas preto e branco, esquerda e direita, dentro ou fora não resolve.

O equilibrista, quando anda na corda, abre os braços para se equilibrar: de peito aberto  e com a mente em paz, encara o vácuo buscando o equilíbrio dos pés, firmes na corda. Atirar a esmo não resolve. Pode atingir o pé, o filho ou vizinho. E, quando menos se espera, cair da corda.




QUEM EDUCA: FAMÍLIA OU ESCOLA?

professora bonita, vestida de camisa branca com uma camiseta verde por cima, mostra um globo bem colorido para sete crianças bastante interessadas.Eles estão em uma sala de aula repleta de livros.

A verdade é que alunos – de variadas idades acham-se no direito de agredir seus mestres com uma violência que seria impensável há 50 anos atrás.

Há sempre quem diga que educar é tarefa das escolas – e já emendam dizendo que a educação já não é o que era antes etc etc. Mas não é bem assim tá?

A Escola ensina e a Família Educa – e há uma enorme diferença entre uma coisa e outra. Cabe a Família transmitir desde muuuuito cedo (e dando exemplo em casa) toda a gama de valores éticos e morais que vão nortear a criança vida a fora.

É a família que vai transmitir os valores de suas tradições mais arraigadas, de sua cultura e de sua religião.

É essa mistura de sensações, permeando o cotidiano da infância que cria um mix afetivo, único de cada criança e forma a sua identidade, como um DNA para fortalece-la vida afora.

Já a escola, vai ensinar a essa criança outras competências : desde as acadêmicas até as sociais. Mas a base, para essa criança se desenvolver vem de casa.

Trabalho para a vida inteira – tarefa de pais não acaba nunca. Enquanto está na escola temos um pequeno respiro mas isso não quer dizer que, do momento em que voltam não tenhamos que “reassumir”…

Mulher usa vestido , cor branca, com detalhes em flores roxas e azuis. O modelo usa alças finas. No colo dela, uma pequena menina com o mesmo modelo da mãe.

De preferencia colocando limites, supervisionando, dando carinho, ouvindo muito e julgando pouco….ufa!

Voltando ao assunto da violência: há já algumas décadas, pais e mães estão com menos tempo para dar atenção aos seus filhos: trabalhamos, mais, ganhamos menos, somos mais exigidos…

É preciso rever conceitos, resgatar tempo e diálogo e, principalmente, vencer a concorrência da atenção (e dedicação) dos filhos com os seus smartphones.

Sim, porque mais vale um filho nos requisitando sem parar do que perde-lo – dentro de casa, com olhos fixos na tela e mãos ocupadas no teclado.

Pense nisso e passe logo para a ação – porque depende de você – não importa quão difícil seja. Palavra de mãe.