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Não precisa ser Barbie para usar Pink

Nunca tive uma Barbie – acreditam nisso? Nem Susi (a versão nacional bonitinha). Tive uma boneca baixinha com um cabelão que batia abaixo da bunda que eu amava pentear. Não tinha marca e depois ganhei a versão loira dela (que tinha um lindo cabelo castanho). Barbie não me fez falta.

Em compensação, amava – e amo até hoje – a cor Pink e todos os tons de cor de rosa possíveis. Claro que não uso com o exagero monótono dos nativos de Barbieland, mas se tem algo que achei vantagem nessa imersão do aniversário Barbiano foi a volta do rosa!

Pink, o novo laranja –  que já foi o novo preto e o novo bege… Ok, sei que as modas de cores não podem ser tão levadas a sério massss…. já parou para pensar em todas as possibilidades de todos os tons de Pink? Veja comigo:

Pink com branco – alegre e leve. E no tom rosa, superelegante…

Pink com Cinza – de uma feminilidade a toda prova! As francesas usam muito.

Pink com marinho – combinação para toda hora, mas principalmente para a noite, não tem erro!

Pink com marrom – uma das minhas preferidas, pois o marrom absorve a vibração do rosa forte e suaviza o conjunto sem tirar a alegria do tom.

Pink com vinho – não é para qualquer uma – mas a turma da Barbie usa sem medo!

Pink com prata – para a noite, arrasa… e se usar rosa claro com prata e cinza claro durante o dia mais bonito ainda.

Pink com verde claro – taí a nação de Mangueira para provar a beleza dos tons. Já pink com verde-escuro, era uma das combinações preferidas do gênio da moda Yves Saint Laurent!

Pink com laranja – para corajosos e não dá para ser amador – mas fica lindo!

Pink com lilás – apesar de ser óbvio é uma combinação delicada…

Para não dizer que estou exagerando, sim, existem tons que você pode evitar usar com rosa choque ou fúcsia (os outros nomes do pink). São eles: preto (pesado demais) roxo (idem, além de “gritar” quando juntos) e dourado (declaradamente cafona)….

De resto, pink, cor de rosa choque – como diz a música, é pura alegria, vibração e ousadia. E para não dizer que não falei deles:

Acessórios – com as cores frias como branco, marinho, prata, cinza, verde, lilás. Use e abuse do tom prata – tanto nos calçados quanto bolsas e bijoux. Já com laranja, marrom, vermelho e outros tons quentes, o dourado é uma ótima pedida ou mesmo calçados nude…

Como eu disse Barbie não me fez a menor falta na vida, mas assim como o branco e o preto, acredito que toda mulher tem que ter pelo menos 3 peças pink em seu armário: para nos lembrar que a vida é – e nós podemos ser – belas e alegres em dias mais difíceis!




Sustentabilidade, qualidade e liberdade!!!

Os almoços de Domingo são sobre toalhas de minha avó Camilla: italianas em linho bordado, com mais de 80 anos, pois eram do seu enxoval. Vou substituir por quê – e pôr o que? Uma vez por semana vão para a máquina e um dia vão acabar, tendo cumprido a missão…

Meu marido tem lindas gravatas de seda de meu tio avô Costabile que o presenteou com uma caixa delas (hoje já não se usa tanto, mas são lindas).

No alto verão uso camisolas de renda e seda pura do enxoval de minha mãe (mais de 60 anos) maravilhosas – que cortei e fazem sucesso usadas como regatas, à noite.

Uma seguidora me perguntou se eu não repito roupa: percebi que na verdade repito sim, e muito: massss…. tenho um estilo clássico que “enfeito” e vario com acessórios desses, que herdei e guardo há décadas.

Tenho brincos e cintos de mais de 30 anos – e super atuais – da Rose Benedetti – a primeira designer de bijuterias do Brasil. Desses não desapego… Daí a impressão de que nunca repito nada.

Roupa nova é coisa do passado – o fast fashion trouxe o excesso, e a conscientização de que 10% da emissão de gás carbônico é gerado pelo mundo da moda, levou a priorizar a sustentabilidade e tentar o equilíbrio de todo esse excesso.

O objetivo agora é aumentar o ciclo de vida das roupas.

Na pandemia percebeu-se como a qualidade é importante. Já era um processo que vinha ocorrendo, mas foi acelerado em vários setores.

Barreiras conceituais e preconceitos em comprar roupa usada foram derrubadas. Brechós aumentaram e começam a pagar melhor pela sua roupa usada. Cultura do desapego cresceu.

Pensamento jovem – consumidores de 18 a 25 anos querem consumir marcas que tenham compromisso social, sustentabilidade, responsabilidade e transparência. É o Lowsumerism (baixo consumo). Há um esforço para valorizar o conserto de roupas e a durabilidade das peças.

Aluguel de peças. Paga-se uma assinatura/mensalidade e o cliente pode usar por um tempo produtos de marcas/objeto do desejo. O cliente fica um mês com a peça (ou 3 ou 4) montando looks diferentes e depois troca por outro conjunto de itens. Várias amigas que aderiram a esse Closet virtual estão amando, pois misturam com peças xodós que tem em casa e variam muito mais…

A geração Z viviam angústias enormes, pois não poderiam aparecer com roupa repetidas. A geração pensava que o bom é o novo. Hoje, essa nova geração, o desafio é usar as mesmas peças por uma semana ou várias vezes e ver o que acontece.

Comecei a pensar e não é que é divertido? Experimente: a experiência permite aprendizado e evolução. E liberta muuuuito!




Grisalhas e mais baixas – e daí?

Há alguns anos atrás, uma empresa japonesa foi processada por uma funcionária por ter em seu dress code a obrigatoriedade do uso de saltos altos definindo inclusive a altura.  Exagero da funcionária? Ao contrário: imposição ditatorial e irreal da empresa.

Mais uma vez as mulheres são obrigadas – sim, a palavra é obrigada – a se submeter a rituais dolorosos e inconvenientes enquanto seus colegas homens saem bem confortavelmente na foto.

Quando Chefe do Cerimonial do Governo do Estado de São Paulo, frequentemente, por protocolo ou  imposição cultural, era obrigada a usar saia e salto alto na presença de autoridades Reais e Imperiais – inclusive o atual Imperador Naruhito do Japão.

Passar um dia inteiro em pé sobre saltos de mais de 5 centímetros, torna-se uma tortura depois de 1 hora. Some essa hora mais 8  e eventos constantes sem dar ao corpo a possibilidade de se recuperar e temos uma série de doenças crônicas ligadas a má postura e estresse das articulações. Portanto, voltando a empresa japonesa: perderam, remando contra uma maré que hoje, indica a necessidade de priorizar conforto: tanto físico quanto moral.

Prova disso é a indústria de calçados: hoje fabricam tênis e sapatênis em todos os modelos, com salto, em couro e nobuki – se falar nos outros modelos de solado emborrachado. Com a pandemia, as mulheres do planeta perceberam o prazer de passar as 24 horas do dia bem apoiadas sobre pés sem dor – com calçados que se moldam a eles em vez de triturá-los. Sapatos e sapatilhas baixos ganharam espaço e se aprimoraram.

Voltando a pergunta sobre festas formais: claro que podemos ir a uma gala sem salto – e ainda arrasar! Até porque, há vários fatores que definem se o modelo é mais ou menos esportivo, veja só:

Textura e modelo – modelos mais delicados, decotados, com tiras (no caso de sandálias) são mais adequados para os tecidos fluidos e mais trabalhados usados em ocasiões mais formais. Aforrados em tecido ou em camurça esse tipo de calçado é feminino e elegante.

Acessórios e aplicações – além da textura, calçados mais firmais podem ter bordados (inclusive em fios metálicos) aplicações de pedrarias ou outros metais e, com isso ganham outro patamar na escala de mais ou menos esportivo.

Grossura do salto – mesmo os de salto baixinho, funcionam modelos formais se o salto for mais fino. Há uma convenção (até correta) que define modelos de saltos altos porém grossos como mais esportivos.

Pois é, sofremos por séculos equilibrando-nos em absurdos palitos durante horas em nome… do que mesmo? Liberte-se. É possível ser elegante sem isso. Assim como na pandemia assumimos nossos cabelos brancos ou grisalhos, pouco a pouco (ou de uma vez se preferir) sinta-se no direito se andar feliz sobre seus próprios pés.




Slow Fashion: mais do que um conceito, o futuro

E antes que você diga que é mais um modismo, calma: muito além do rótulo, o movimento traz um conceito que pode ser a salvação de muita gente que, nas últimas décadas, se entregou ao consumismo desenfreado e acabou caindo em inúmeras armadilhas – inclusive psicológicas.

O conceito – desacelerar o ritmo em que as roupas são confeccionadas e consumidas, gerando peças menos perecíveis e, dessa forma, reduzindo o lixo e o impacto no meio ambiente. Não é frescura – e faz muito sentido, mais ainda se pensarmos que, nos últimos 10 anos, a quantidade de roupas produzida no mundo DOBROU!!! De toda essa roupa, quase nada é reciclado: 87% das fibras produzidas acabam incineradas em aterros sanitários!

Na década de 80, tudo nos chegava com a defasagem de 3 meses da Europa, de onde a moda se espalhava para o mundo.

Com o tempo, os lançamentos aconteciam a cada 3 meses, depois 2 e, finalmente, nos últimos anos, o tempo todo – com vendas feitas online, ou no próprio dia do desfile, com uma arara no sistemaby now”.

Era o reinado da fast fashion: barata, ágil e democrática. Por algum tempo, até mesmo as madames endinheiradas aderiram, afinal, era divertido comprar baratinho e variar peças o tempo todo.

Preço, qualidade e quantidade – o ritmo era alucinante e a concorrência beirando a deslealdade. Assim começam uma série falsos conceitos que, por sua vez, geraram grande confusão de identidade e um boom de consumo, com uma indesejável e jamais vista ostentação.

Convencionou-se dizer que a alta costura, oposto da fast fashion é cara – e que a fast fashion seria barata. Os estilistas e marcas alegavam uma qualidade e durabilidade superior para justificar seus preços, enquanto a moda express, por ser mais barata era considerada de baixa durabilidade.

Nem uma coisa nem outra. Com o tempo as grifes caras começaram a produzir na China, nos mesmos polos que originavam as peças fast baratinhas. Resultado: peças de grife vendidas a preço de ouro performavam no guarda-roupa de maneira sofrível, muitas vezes durando menos, encolhendo e desbotando de forma que suas primas pobres jamais haviam feito. Pois é: na indústria da moda, caro, nem sempre quer dizer bom. Nem belo ou durável.

 

O desafio slow fashion – hoje a meta é fidelizar clientes e provar que vale a pena pagar um pouco mais e contribuir para um bem maior – além de adquirir peças mais sustentáveis. Embora vendam bem pelos sites, as lojas físicas são essenciais, pois é importante que os clientes sintam o toque, experimentem e comparem caimentos e texturas, uma vez que são peças atemporais.

O principal é aprender a consumir menos, melhor, com mais consciência e focar mais na essência e conceito e não na quantidade. A ideia não é dividir por coleções – e sim por itens duráveis, básicos e atemporais que durem e interajam com outros.




Réveillon e suas cores

2021 está aí e aquela agonia de decidir a roupa da festa da virada já está presente. Mesmo passando em casa e sem muitas pessoas!!!

Paz, sorte, amor, dinheiro, saúde. A tradição popular criou uma série de descrições e significados para cada uma das cores.

Branco – tradicional e clássico. Use se quiser um ano mais iluminado e cheio de experiências místicas que trazem paz de espírito. Purifica as energias antigas e abre o corpo e a mente para as novidades.

Verde – simboliza sorte e equilíbrio, além do desejo por uma saúde melhor. Representa as energias da natureza, da vida, esperança e perseverança. Por isso, é uma ótima escolha para um 2020 com equilíbrio emocional e espiritual.

Azul – atrai tranquilidade e serenidade para as pessoas agitadas e aflitas. Se você busca uma cor que traz segurança, calmaria e criatividade, use e abuse dessa cor.

Lilás – traz serenidade e desperta a intensidade da elevação espiritual.  É a cor da alquimia e da magia. Ela é vista como a cor da energia cósmica e da inspiração espiritual.

 

Roxo – simboliza transformação e mudanças. Ideal para quem quer um 2020 cheio de boas mudanças e muita alegria no coração. O roxo ainda simboliza respeito e dignidade.

Rosa – é a cor do amor-próprio. Se quiser aumentar sua autoestima, aposte nessa cor que vai te ajudar a se amar mais. A cor ainda representa romance, sensualidade e beleza feminina.

Vermelho – força de vontade, energia e coragem, além de ser o símbolo da paixão e do sentimento, simbolizando o amor e o desejo. Mas cuidado, pois também pode carregar uma boa dose de sentimentos intensos como a raiva e o ódio.

Laranja – vitalidade, além de ser uma cor quente e atraente. O laranja também é a cor do calor afetivo, da intimidade, expressando energia e desejo.

Prateado – ideal para quem quer fazer tudo diferente no ano que chega. Expressa sucesso, qualidade e distinção, principalmente junto ao preto.

Dourado – luxo e sucesso. Combine essa cor com alguma outra, como o branco, ou use em acessórios, já que dourado dos pés à cabeça pode ser um pouco demais.

Amarelo – alegria, inteligência e capacidade de aprender. Também é a cor para quem quer ser feliz, pois expressa leveza, descontração, otimismo. É para valorizar a amizade e o calor humano no Ano Novo. Além, é claro, de estar relacionado à riqueza e ao dinheiro.

Amo cores, principalmente rosa… mas esse ano acho que vou de azul e dourado. E vocês, já escolheram suas cores para a virada? Me contem!!!