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Vai um cafezinho?

De todas as formas de tomar a bebida, para mim, a melhor delas é finalizando uma boa refeição. E se for acompanhando risadas e uma boa conversa – é imbatível!

Mas, para desfrutar o café em sua plenitude é preciso respeitá-lo – e entender que, de trivial ele não tem nada!

Timing para servir – depois de refeição é ideal não deixar passar mais de 15 minutos depois de terminada a sobremesa. Assim ele “sela” o sabor da última delícia do cardápio, combate eventuais efeitos do álcool ingerido em excesso e prepara o organismo para a digestão.

Ainda a mesa ou na sala? Depende. Se a conversa estiver boa, a mesa, sem interromper a vibe. Mas há quem defenda voltar para a sala para se movimentar e reagrupar as pessoas.

De máquina ou coado?  Depende. A máquina é super prática e atende a gostos diversificados: podemos oferecer vários tipos de sabores em cápsulas. Mas, se for para mais de 6 pessoas, é indicado colocar perto da mesa: a bebida esfria, enquanto se aguarda completar a bandeja e não dá para ficar um vai e vem servindo um a um.

Trazer a máquina perto da mesa, também pode causar o incomodo do barulho – algumas parecem ter motor turbo, reparou? Avalie e escolha.

Café coado – é mais saboroso quando feito da maneira certa. Os baristas entendidos, são unânimes em dizer que, há muito “grão queimado” nas cápsulas (e em alguns pós, daí a importância de escolher bem). Isso “amarga” o café e distorce o sabor.

Já, servir coado da maneira certa, sem pressa de passar pelo coador, em bule escaldado, é um privilégio para quem saboreia – pois é cada vez mais raros! Sem falar que é mais elegante: o anfitrião pode, aí sim, servir os convidados, individualmente – e de quebra ainda exibir um lindo bule!

Ok, você detesta ter que pensar em coar café, acha de que dá trabalho etc. Entendo. Então sugiro montar uma mesa auxiliar ou carrinho – e fazer uma “estação do café” com a máquina, o jogo de xícaras, açúcar, e alguns sabores de capsulas estrategicamente colocados – de modo a facilitar o serviço e de quebra decorar o canto.

Dessa forma as pessoas se servem como e quando querem – e você relaxa depois da refeição. Aliás, esse tipo de estação serve também para quando convidamos para um lanche da tarde ou quando há mais do que 3 ou 4 pessoas

Falei que não era cafezinho: para fazer um bom café é preciso paciência, uma certa experiência e sabedoria para apreciar!




Café chá ou os dois? Entenda melhor suas escolhas…

Segundo pesquisadores do estudo, publicado na revista  Scientific Reports, a escolha da bebida está ligada à forma como percebemos a amargura e a nossa predisposição genética para perceber a amargura de substâncias particulares nos empurram ou para o café ou para o chá.

Esse estudo usou dois conjunto de dados: O primeiro foi um grande estudo duplo que mostrou que, pelo menos nos ancestrais europeus, variantes genéticas particulares estão ligadas à força da percepção de diferentes sabores. Uma variante específica foi associada a avaliações um pouco mais altas de amargura por cafeína, outra maior por quinino e um terceiro maior amargura por uma droga conhecida como propiltiouracil (usada para tratar o hipertiroidismo).

O segundo dado usado foi a pesquisa da UK Biobank, onde milhares de participantes (entre 37 a 73 anos) foram entrevistados sobre quantas xícaras dessas duas bebidas consumiam por dia. Também foram coletados dados genéticos.

As pessoas no estudo que tinham uma maior predisposição genética para perceber a amargura da cafeína bebiam mais café.

Os padrões reversos foram vistos quando a equipe analisou as variantes genéticas e quanto os participantes do chá bebiam. Os pesquisadores disseram que as descobertas para o chá são mais difíceis de explicar, mas podem ser em parte pesadas para os bebedores de café que tendem a ser bebedores de chá muito leve.

Embora o estudo tenha limitações, incluindo o fato de depender do auto-relato do consumo de chá e café, a equipe diz que isso pode ajudar a esclarecer qual xícara preferimos. Particularmente acredito que é possível tomar e apreciar os dois, uma vez que cada um tem um ritual próprio e pode se adequar a momentos completamente diferentes mas, sempre associados a prazer: a pausa para o café da tarde o despertar para um novo dia com uma xícara de café, uma xícara de chá bem aromático para esquentar no inverno ou mesmo antes de dormir relaxando no sofá…

E você, qual dos dois prefere?




22 motivos para tomar Café.

prato em cerâmica com pó de canela e pau de canela ao lado xícaras de cerâmica, alta e na cor de creme com manchas na cor marrom.

 

Bandeja, xícaras e biscoitinhos diferentes consistem em uma das diversões do café compartilhado. No entanto, os italianos como sempre que se trata de algo ligado a gastronomia, extrapolaram na arte de pedir e servir um simples cafezinho.

Se você é um adepto de um bom café, veja de quantas maneiras é possível degusta-lo:

  • Ristretto – é o café mais denso;
  • Corto – é o curto simples;
  • Leggero – café mais leve como o nome diz;
  • Freddo – café frio, muito popular na Europa, mas que aqui não pegou;
  • Lungo – café mais longo, em geral tomado em xícaras iguais as de média daqui;
  • Macchiatto lungo – é o nosso pingado, mas mais forte: expresso com um toque de leite e um pouco só de espuma;
  • Corretto grappa
  • Deccaffeinatto – esse é simples: descafeinado e tão saboroso quanto o que tem cafeína.
  • In bicchiere – sabe aquele café de boteco no copo de requeijão? É esse, com café sempre pela metade;
  • Con latte a parte – com leite separado – de preferência quente;
  • Cappuccino – café com chocolate e um toque de leite. Em proporções diferentes que podem ser preparadas segundo orientação do freguês;
  • 2 Xícaras de café, saindo fumaça ao lado de um croissant, espécie pão folhado e enrolado, servido rechedado ou não.
  • In tazza grande – café na xícara grande, de chá.  Acredite: muda o sabor e é muito confortável para quem quer curtir um café com mais calma;
  • In tazza – café na xícara comum. A diferença se explica porque na Itália pode ser xícara grande, xícara alta de vidro, tipo caneca de café irlandês e outros modelos;
  • Con latte tiepido – com leite morno. Nem quente nem frio. E tem que ser morno no ponto certo – para não voltar;
  • Doppio – café expresso duplo;
  • Americano – café no copo ou caneca grande, bem fraco – o que aqui chamamos de chafé;
  • Con panna – café com creme de leite batido. Que é diferente da espuminha;
  • Bollente – café muito quente;
  • Coleção de porcelana Schmidt, linha Francesca Romana, ao fundo um prato fundo, com figura da Lapa do Rio de Janeiro em sépia, a frente xicaras de cafe e xícara de chá, com imagens o Rio de Janeiro em sépia.
  • Con la schiumma – o nosso café com espuminha – mas com um pouco mais de quantidade…;
  • Con cacau soppra – café com pó de cacau na espuma;
  • Intenso – aqui estamos falando do café mais forte – de sabor intenso mesmo. Não necessariamente do café feito com maior quantidade de pó;
  • Con un bicchiere d’acqua – café com o famoso copinho de água com gás, para ir saboreado alternando goles de cada um.

Pois é: o fato de levarem o que para nós é um simples cafezinho a esse requinte de paladar, é o que faz com que o café na Itália pareça muito mais saboroso do que aqui.

Além disso, variar é bom não acha?




Café na Taça – será que pega?

Na hora achei bonitinho e diferente – afinal os chefs vivem inovando na forma de apresentar sua refeição, dando atenção a detalhes como esse. Bebi,  mas fiquei cismada. Na verdade, tudo parecia diferente sem o aconchego da alça da xícara…

O cristal era transparente, deixava o café aparente demais, sem o mistério de sua fumaça subindo sobre a borda de espuma caramelada. Na taça, o calor  embaçava o cristal fazendo o efeito das paredes de vidro chorando  e a textura da bebida acabava se diluindo – e parecia menos cremosa do que deveria.

Além disso, o calor atravessava o vidro fazendo com que pegasse a taça pela haste, embaixo, o que, de verdade não trazia a sensação de segurança que temos ao empunhar uma xícara – pequena, grande ou mesmo as canecas ou o bom copo grosso de boteco…

Adoro as novidades a mesa: de receitas a utensílios- mas essa do café na taça não me convenceu. E antes que me achem cri cri (posso até ser) experimentem e me contem…