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Ministro Weintraub: não falta verba, mas Equilíbrio.

Porque, nas palavras do próprio presidente, se “não pensar como ele ou ele não concordar, está fora”. Ainda, segundo ele porque essa é “a regra do jogo”.

O que é isso Presidente? Onde está o diálogo que o senhor prometeu em campanha? E lembra quando tanto demonizou o PT por “ideologizar e aparelhar”  tudo quando estava em campanha?

Pois é: tanto o Presidente quanto seu  Ministro da Educação Weintraub estão fazendo igualzinho – apenas usando a ideologia da direita.  Repito que sempre fui de direita. Sempre votei mais ao centro e a direita porque a direita me parecia um sistema mais…livre.

Mas vamos ao que interessa: o Futuro. Futuro esse que o Governo está comprometendo seriamente e agora em massa: não se contenta mais em demitir um ou outro ligado a setores culturais cujas ideias eles “não concordem”. Passaram agora a cortar verbas de “Todas as Universidades Federais” sob a fraquíssima alegação de que “promovem balburdia”.

Concordo que em algumas Universidades haja uma movimentação mais desorganizada, solta e permissiva. Mas não é tarefa do Governo controlar isso – muito menos punir cortando verbas de ensino e Pesquisa.

Bem na Foto – O Ministro talvez não saiba da força e Prestígio de nossas Universidades Federais. A do Paraná, por exemplo, está entre as melhores do mundoem 2019 em um levantamento da Times Higher Education entre 1250 Universidade de 86 países do mundo!

Essa lista é liderada por nada menos que a Universidade de Oxford – e a nossa do Paraná, está lá, pelo segundo ano consecutivo.A USP,  Universidade de São Paulo também está nessa lista e figura como a melhor entre as Brasileiras.  Seguida da Unicamp de Campinas e da  UFMG de Minas.

O que é um pouco de balbúrdia diante de um feito desses? Justifica cortar 30% da verba porque não se concorda com a possível ideologia do reitor X ou Y?

Um terço do orçamento senhores!– sabem o que significa cortar isso em pesquisa e educação? E nem me venham com a conversa pra lá de apelativa que vão remanejar essa verba para custear creches.!! Creche pode ser cobrada dos empresários que empregam mulheres – já existe uma lei que obriga as empresas a terem uma creche e ninguém (ou muito poucos as cumprem)!

Falta equilíbrio e diálogo a esse Governo. Gritam, agridem e não ouvem. Recusam-se a conversar Mas deviam. Converse Presidente. Ouça e seja plural. O meio do caminho e a conciliação são sempre a melhor resposta – e a que deixa todos satisfeitos. Em se tratando de pessoas – e da Educação – apenas preto e branco, esquerda e direita, dentro ou fora não resolve.

O equilibrista, quando anda na corda, abre os braços para se equilibrar: de peito aberto  e com a mente em paz, encara o vácuo buscando o equilíbrio dos pés, firmes na corda. Atirar a esmo não resolve. Pode atingir o pé, o filho ou vizinho. E, quando menos se espera, cair da corda.




Governo Bolsonaro e a Virtude do Equilíbrio

 

 

Na régua da direita tudo pode – e não se discute. Já, na régua da esquerda tudo não pode: é excluído, punido, execrado, linchado e distorcido. E nem pense em discutir.

Porque, nas palavras do próprio presidente, se “não pensar como ele ou ele não concordar, está fora”.  Ainda, segundo ele porque essa é “a regra do jogo”.

O que é isso Presidente? Onde está o diálogo que o senhor prometeu em campanha? E  lembra quando tanto demonizou o PT por “ideologizar e aparelhar” tudo quando estava em campanha?

Pois é: tanto o Presidente quanto seu  Ministro da Educação, Weintraub, estão fazendo igualzinho – apenas usando a ideologia da direita.  Repito que sempre fui de direita. Sempre votei mais ao centro e a direita porque a direita me parecia um sistema mais… livre.

Mas vamos ao que interessa: o Futuro. Futuro esse que o Governo está comprometendo seriamente e agora em massa: não se contenta mais em demitir um ou outro ligado a setores culturais cujas ideias eles “não concordem”.

 

Passaram agora a cortar verbas de “Todas as Universidades Federais” sob a fraquíssima alegação de que “promovem balburdia”.

 

Concordo que em algumas Universidades haja uma movimentação mais desorganizada, solta e permissiva. Mas não é tarefa do Governo controlar isso – muito menos punir cortando verbas de ensino e Pesquisa.

Bem na Foto – O Ministro talvez não saiba da força e Prestígio de nossas Universidades Federais. A do Paraná, por exemplo, está entre as melhores do mundo, em 2019 em um levantamento da Times Higher Education entre 1250 Universidade de 86 países do mundo!

 

Essa lista é liderada por nada menos que a Universidade de Oxford – e a nossa do Paraná, está lá, pelo segundo ano consecutivo.

A USP,  Universidade de São Paulo também está nessa lista e figura como a melhor entre as Brasileiras. Seguida da Unicamp de Campinas e da UFMG de Minas.

 

O que é um pouco de balbúrdia diante de um feito desses? Justifica cortar 30% da verba porque não se concorda com a possível ideologia do reitor X ou Y?

 

Um terço do orçamento senhores! – sabem o que significa cortar isso em pesquisa e educação? E nem me venham com a conversa pra lá de apelativa que vão remanejar essa verba para custear creches!!

 

Creche pode ser cobrada dos empresários que empregam mulheres – já existe uma lei que obriga as empresas a terem uma creche e ninguém (ou muito poucos) as cumprem!

 

Falta equilíbrio e diálogo a esse Governo. Gritam, agridem e não ouvem. Recusam-se a conversar mas deviam. Converse Presidente. Ouça e seja plural. O meio do caminho e a conciliação são sempre a melhor resposta – e a que deixa todos satisfeitos.

 

Em se tratando de pessoas – e da Educação – apenas preto e branco, esquerda e direita, dentro ou fora não resolve.

 

O equilibrista, quando anda na corda, abre os braços para se equilibra: de peito aberto  e com a mente em paz, encara o vácuo buscando o equilíbrio dos pés, firmes na corda.

 

Atirar a esmo não resolve. Pode atingir o pé, o filho ou vizinho. E, quando menos se espera, cair da corda.

 

 




Até tu Moro?

Quando, em 2016, o então Juiz Sergio Moro declarou em entrevista que jamais ocuparia cargo político, (quase) todos acreditaram afinal,  estava ali uma unanimidade: alguém sério, aparentemente incansável no combate a corrupção, jovem e forte o suficiente para ser idealista e – o mais importante – com a pena na mão e a devida autoridade conferida pela magistratura.

Quando, pouco mais de um ano depois ele aceitou ir a Mônaco receber uma (até merecida) homenagem de sua Alteza Sereníssima o Príncipe Alberto de Mônaco aqui, nesse mesmo espaço, questionei a sabedoria da decisão.

Mas, quem sou eu para aconselhar um mito a não parecer vaidoso?

E eis o país ainda um tanto perplexo e até um tanto temoroso diante do seu “Sim” a Bolsonaro.

E nisso estão quase todos de acordo: estaríamos mais bem servidos com um Magistrado forte, isento e independente do que com um super Ministro compondo equipe com esse núcleo do presidente eleito Bolsonaro onde não passa um dia sem que um desautorize o outro e o outro desminta o um. Uma bateção de cabeça como nunca se viu.

De juiz a Super ministro –  a rapidez  com que o Juiz aceitou o convite, fez muitos emitirem opiniões variadas: ele “aceitou porque é ambicioso”, ou “ele aceitou porque é um idealista”  ou ainda “ele aceitou porque é muito vaidoso”  e finalmente: “ele aceitou porque é ingênuo, não sabe onde está se metendo.”

Os que o admiram  incondicionalmente dizem que ele aceitou porque é um patriota. De minha parte, acredito que aceitou por todos os motivos acima, menos o patriotismo. Vejamos:

Ambicioso – Moro é humano: um juiz jovem que se viu alçado a Santo em meio a um turbilhão político em um momento crucial. Não fosse ambicioso não teria se jogado de corpo e alma, lutado contra tudo e todos em uma tarefa que parecia fadada a não vingar.

Idealista – há que ser idealista para acreditar que, aceitando um superministério (que ainda não se sabe se vai funcionar) conseguirá acabar com a corrupção… prefiro acreditar que é idealista a crer na outra hipótese,  a megalomania.

Vaidoso – aos 46 anos cortar caminho por um super ministério e, de quebra, assumir aos 48 uma vaga no STF é tentação demais até para quem não é vaidoso – quem nunca?

Ingênuo – não há como acreditar que ficando sob as ordens de um Presidente que gosta de dar a última palavra e com companheiros tão díspares quanto se afiguram os colegas do futuro Governo,  ele será independente e com a tranquilidade necessária para dar conta de 5 dificílimas pastas sobre as quais terá responsabilidade. Só sendo um tanto ingênuo.

Moro é humano e um pouco de tudo isso. Mas daria mais mostras de patriotismo se continuasse Juiz – o firme e inabalável Juiz que parecia ser.

Ao se juntar ao novo Governo escolheu um lado – ainda que bem intencionadamente. E deu munição a todos os que o acusavam de politizar a prisão de Lula, mergulhando o país (mais uma vez) em discussões acaloradas, fanáticas ( de ambos os lados) e tomadas de partido.

Tudo o que não precisamos. Patriota seria se tivesse resistido a tentação de proximidade ao Poder (passageiro) e permanecido com seu imenso poder de magistrado Isento. Do qual acaba de se despir.