Pitaco Vai Encarar?

Eleições 2018: cobre, acima de tudo, bom senso

image_pdfimage_print

Imagem do rosto da deputada Mara Gabrilli, na Câmara dos Deputados em Brasilia.

Redução de impostos, construção de centenas de hospitais e educação de qualidade para todos são exemplos de compromissos firmados por quem busca convencer o eleitorado.

Como representante pública no Congresso de um segmento tão negligenciado como é o do brasileiro com deficiência, sei de candidatos e políticos que prometem o impossível – inclusive em áreas da inclusão e acessibilidade.

Alguns exemplos de estelionato eleitoral: a promessa de zerar em um ano a fila de espera por uma cadeira de rodas no Brasil, assegurar que  vai acessibilizar as calçadas de todo o Brasil em seu primeiro ano de mandato ou que tornará todas as escolas do País 100% acessíveis para toda e qualquer criança. …

Tudo isso sem um cronograma, planejamento, conhecimento ou clareza na construção das propostas e, o pior: sem acessibilidade na sua própria interlocução com o eleitorado.

Uma dica ao buscar seu candidato: procure saber se ele respeita a Lei e a diversidade de seu povo.  E, na dúvida, busque a coerência.

A Presidente Dilma Rousseff está atrás do púlpito presidencial flanco a frente de dois microfones . Atrás dela, a esquerda está a bandeira da República e logo a frente percebe-se um pedestal de girafa com a placa de vidro do teleprompter de onde ela está lendo a fala.

Em 2011, por exemplo, durante o lançamento do Plano Viver sem Limites, a então presidente Dilma Rousseff anunciou um investimento de R$ 7,6 bilhões até 2014 para atender as demandas dos brasileiros com deficiência.

O pacote, anunciado como um grande feito da gestão, tinha um alcance de atendimento pífio. Em uma conta rápida, chegava-se ao valor de 55 reais, por ano, a cada brasileiro com deficiência – e para ser atendido nas áreas de educação, saúde, cidadania e acessibilidade!!!

Não dava nem para o começo: o valor não era suficiente sequer para o gasto anual com pilhas para um aparelho auditivo!!

Pois, se o discurso de seu candidato for bom demais, desconfie: ainda é função do eleitor não cair em ciladas deste tipo.

Nossa democracia é muito maior que promessas: hoje, temos ferramentas na rede que permitem avaliação e acompanhamento de nossos representantes –  inclusive no que tange envolvimento com corrupção. Analise, acima de tudo, se o candidato ouve a quem ele representa.

Nossa maior arma ainda é o voto. E o eleitor, bem informado, é soberano – e responsável por aquele a quem delega o poder.

bandeira do brasil formada com mãos de crianças carimbada em verde, amarelo e azul

VOCÊ TAMBÉM PODE GOSTAR

1 Comentário

  • Responder
    bianca
    29/03/2018 as 11:53

    Gostaria de saber quanto o governo anterior, do partido da deputada, investiu nesta mesma rubrica? Obrigada

  • Deixe um comentário