Pitaco

As bonitas que me perdoem

Num escritório de empresa, Uma mulher veste conjunto azul escuro, está sentada junto a uma mesa e conversa com sua interlocutora que usa cabelos presos (rabo de cavalo) e usa conjunto rosa claro e ambas estão com os braços debruçados sobre a mesa.
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 Sim, você leu direito: há quem escolha o currículo e faça uma triagem preferindo as “feias” – como se isso fosse garantia de competência

Desde que li a respeito, resolvi me informar melhor com quem cuida de RH e até mesmo com algumas pessoas que, sabia, andaram mandando currículos.

Pois fiquei horrorizada quando mais de uma moça me informou que, na hora de escolher a foto dava um jeito de “desglamurizar” a imagem para não ficar muito atraente. Gente – como assim???

 

Então não vale mais caprichar no visual para a famosa entrevista de emprego para causar boa impressão? Ou talvez seja a ” boa impressão” que tenha tido seu conceito alterado?

CEP8C4 Recruiter checking the candidate during job interview

CEP8C4 Recruiter checking the candidate during job interview

Mudança de hábito – e de conceito – agora talvez devêssemos dar conselhos como “lave os cabelos três dias antes para que adquira uma opacidade compatível com alguém quem não liga para aparência” ou ” não use corretivo para disfarçar olheiras – elas atestarão que você tem uma mente privilegiada e está acima dessas futilidades”…

Exagero? Talvez. Mas dá o que pensar: depois de décadas de culto a forma e beleza, e independência sexual, as mulheres talvez tenham se exposto demais.

E, em um movimento inverso (e burro) a mentalidade machista interpreta que se elas estão muito mais bonitas, disponíveis e ousadas só devem servir mesmo para o prazer e/ou exibir como troféu – e não tem capacidade pensante!

Será que os homens bonitos e atraentes sofrem o mesmo tipo de preconceito?!

Talvez a super exposição das formas e dos naturais atributos femininos em todo tipo de mídia, valorizados por técnicas cirúrgicas hoje acessíveis a todos, os mesmos acabaram por parecer indigestos para uma boa parcela da população.

Que agora, em uma reação inversa, sente-se mais segura com o que vem sendo mais preservado – ainda que isto signifique proteger-se atrás de uma cortina de mediocridade.

Lamentável e perigoso – uma vez que, como se sabe há belezas prá lá de competentes – e muitas feias burras. Mas, pelo jeito o mal já está feito e esse é mais um preconceito que parece ter ” pegado” – pelo menos em alguns redutos empresariais. Só resta torcer para que não dure…

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