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Casar na Igreja – porque ficou mais difícil

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Casamento-Aracaju-Igreja

Ok é tanta moda nova – inventada por pseudo profissionais do mercado de casamento – e tantos noivos sem noção, que algum tipo de regulamento é sim necessário.

Mas, em alguns casos há exageros em outros verdadeiras aberrações por parte dos padres e paróquias. Quem tem razão? Na maior parte das vezes os padres – que tentam preservar o ritual. Mas em outras há controvérsias…

Vejamos :

1 – Obrigação de ir a 12 missas – com visto de presença dado pelo padre! É mole? Pois é uma das exigencies de um padre do interior de Minas que pegou já em Sampa também…

2 – Pagar multa por atraso – esse é um clássico – e agora exigem cheques caução altos – que depois são devolvidos. E, com isso, os atrasos acontecem menos. Beleza.

3 – Trilha sonora ao gosto do padre – é isso aí. Nada de canções hollywoodianas ou de tema de filmes ou novelas. E muito menos as manjadas como “Ässim falou Zaratutstra “ou “Carruagens de Fogo”. Fazer o que? Até os padres cansaram de ouvir – e há de fazer bem procurer trilhas mais criativas.

4 – Nada de arroz na noiva – essa é uma das muitas regras criadas para preservar prédios históricos. O arroz, muitas vezes risca os pisos de madeira das igrejas mais antigas

Esse tipo de proibição procede, uma vez que há relatos de   decoradores que usam pregos nos bancos centenários para fixar arranjos ( só para falar de uma barbaridade)…

Segundo os religiosos, cabe a cada diocese ou arquidiocese criar regras para casamentos em suas paróquias. Beleza.

Mas se os chefes das igrejas aderem a essa moda alterarando um pouquinho aqui e outro tanto ali  em breve não precisaremos mais nem dos religiosos, nem dos Templos para as cerimônias.

Ora, cada ritual tem um siginificado e uma simbologia – ao começar a alterar aqui e ali cria-se uma perda irreversível de valores e da própria essência da religião e do sacramento.

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Pois foi o que percebi perplexa em Aracajú – Sergipe no Wedding Concept 2017 onde fui dar um workshop.

Em determinado momento os colegas cerimonialistas me relatam que lá a diocese  proibe que padrinhos e noivos fiquem no presbitério, a área mais elevada que os leigos chamam de altar. e

Em alguns lugares do Nordeste, os padrinhos, por serem mais numerosos sentam-se nas primeiras fileiras – já perpetrando uma variação já aceita no ritual católico.

Catedral-Metropolitana-de-Aracaju-missa

 

Mas a resolução da diocese de Sergipe me deixou preplexa – mais pela falta de sentido do que pela arbitrariedade.

Segundo relato de colegas o noivos não podem subir ao presbitério para assinar por ser o altar considerado um lugar sagrado. Beleza.

Porem, na hora da foto, aí sim é permitido a noivos e padrinhos ficarem ali para cliques e selfies.

Quer dizer que durante a cerimonia do sacramento o  altar deve ser preservado por ser sagrado e finda a própria ele deixa de sê-lo?

Ah entendi! É que hoje, o ritual do sacramento pode até ter ajustes, já as selfies e fotos – essas sim, foram elevadas ao patamar de sacras – e podem ser feitas em área sagrada e mais elevada… Então tá.

Salvar

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3 Comentários

  • Responder
    Rose
    10/08/2016 as 12:50

    Entendo que alguns padres exageram, mas é preciso. Afinal qual a intenção da maioria dos noivos que querem se casar numa igreja: a bênção do sacramento ou a pompa de entrar na nave e conseguir fotos lindas?
    Infelizmente a maioria se enquadra na segunda opção. Acredito que deva ser exigido sim que o casal seja praticante da religião ou então pra que casar numa igreja? Um abraço.

  • Responder
    Lavínia
    10/08/2016 as 12:53

    Olá Cláudia!
    Sou do interior de SP, Bebedouro. Trabalho como cerimonialista desde 2000, já vi muita coisa e concordo sim com algumas das exigências. Aqui os padrinhos e pais não ficam no presbitério, porque aconteceu em uma das cerimônias que fiz. Uma madrinha muito bonita, loira, corpo escultural, entrou com um vestido turquesa de rende e decote V nas costas indo até onde era possível, na frente apenas a região dos seios estava bordada, o padre ficou tão desconcertado que me chamou para saber o que fazia, claro que não havia o que fazer, a falta de respeito e o exagero nos trajes das madrinhas e até mesmo de algumas noivas proporciona este embate. Aqui em algumas igrejas a noiva não pode usa o tomara-que-caia, também pela falta de orientação de algumas que não têm um corpo apropriado ou mesmo um formato de seios sustente o vestido, faz com que a noiva fique o tempo todo preocupada em segurar o vestido e não prestar atenção na cerimônia. Há outras coisas que concordo e algumas discordo, pois em tudo há um bom senso.
    Abraços

  • Responder
    kátia
    10/08/2016 as 22:16

    Gostei da obrigação de ir as doze missas! Tomara que outros padres a copiem!

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