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Como fazer para resgatar suas roupas de inverno

 

Quando isso acontece, leva um certo tempo para que elas adquiram o trato necessário e  a gente acaba saindo na rua com aspecto descuidado. Por isso preparamos essas dicas para resgatar  suas roupas para os meses mais frios. É fácil e econômico!

Primeiro passo – separe as malhas de lã ou lã mista: casaquinhos, cardigãs e valem também jaquetas e casacos de couro. Veja quais você vai usar  – e deixe de lado os que não usou no inverno passado nem no anterior.

 Examine com calma – coloque as peças perto da luz, e com muita calma veja quais estão com bolinhas e/ou fiapos grudados. Proceda sem pressa a uma limpeza cuidadosa eliminando as bolinhas e fiapos com uma lâmina afiada ou pente especial para isso.

 Banho perfumado –feito isso deixe de molho em um sabão próprio com amaciante para fiquem macias e cheirosas e soltem o resto de resíduos que por acaso ainda estejam presos a trama.

Novo visual – como o ano é de crise, nada de pensar em comprar novos casacos para um inverno curto e instável: monte novas produções com o que você já tem.

Para isso, reserve um outro dia, quando suas roupas já estiverem devidamente limpas e recuperadas e escolha algumas peças para montar uma nova produção com acessórios descolados.

 

 

Xales e pashminas – podem ser complementos que fazem a maior diferença no seu visual. Divirta-se montando novo visual para suas peças devidamente resgatadas e agora arrumadas por cor e em ordem no guarda roupa de forma a ficar mais “a mão”..

Broches: super em alta – e quem disse que ficam bem apenas em lapelas? Que tal usar como fecho de xales, cachecóis ou mesmo complementando um cardigã de caimento mole?

Para quem precisa – doe todos os itens que você está na dúvida ou que não tenham sido usados no último ano. Coloque em uma sacola e faça essa energia circular: você vai se espantar como esse gesto pode fazer diferença.

Tá achando que viajei? Pois arregace as mangas e faça sua limpeza – e depois me conte!




Você se casaria com um vestido de noiva preto?

JOSÉ COELHO/LUSA

Na região do Porto ainda é mantida a tradição das noivas vestidas com lindos modelos em preto. Neste, um estilista local criou um vestido de noiva inspirado no traje de Viana do Castelo, com 70 mil cristais Swarowski e 50 metros de seda. O traje  levou 900 horas para ser confeccionado que está avaliado em 38 mil euros (aproximadamente R$120.000,00).

Moça de cabelos presos vestida com um vestido de mangas longas preto e véu curto branco segura ramo de flores. O cabelo castanho claro está preso e ela usa muitos colares dourados que praticamente cobrem todo o seu colo

As noivas do Minho (nome da região) vestem-se de preto, mas não deixam por menos e capricham muito nos acessórios: dourados e numerosos para iluminar a fisionomia em um dia tão especial.

Não faltam adereços e itens carregados de simbologia e, diferentemente do costume vigente no resto do mundo, as madrinhas podem sim, usar a mesma cor e até vestidos semelhantes.

E aí se inspirou? Confesso que antes de me casar, eu sonhava com um vestido lilás, cor de lavanda. Mas na hora de escolher, acabei optando por um creme. Hoje talvez ousasse mais: afinal a combinação do preto branco e dourado é linda – além de muito elegante…

 




No novo emprego – a aparência a seu favor

Namoradeira-looks-trab2 Antes que seus novos colegas conheçam suas qualidades profissionais, a sua maneira de se expressar visualmente é que vai contar um pouco a sua história.

Primeiro cuidado: tente adequar a roupa ao tipo de ocupação que vai exercer. Se puder, informe-se sobre o perfil da empresa e, na medida do possível, observe quem já trabalha lá para não se sentir fora do contexto.

Conforto é importante – entre estrear uma roupa novinha e usar uma tipo curinga, na qual você se sente bem, prefira a segunda. Você estará mais confiante e vai refletir isso nesse momento.

Não invente: nem pense em experimentar corte novo de cabelos, fazer luzes, descolorir ou modernizar o visual. Se fizer isso na véspera do dia D, e não der certo, não haverá tempo de reverter a situação. É um estresse desnecessário, do qual você não precisa, certo?

Piercing – se você usa, tire. Pelo menos no início. Acredite: muita gente morre de aflição e não consegue olhar para um sujeito com a pálpebra, orelha ou língua furada com um objeto pendente atravessando a carne.

Para quê afastar as pessoas logo de cara com um detalhe bobo como esse?

Não exagere – seus novos colegas podem se intimidar com tanto apuro ainda que você estiver super elegante. Parece bobagem, mas acontece. Não há necessidade de extrapolar nos detalhes ou ousadia na combinação de estampas e cores.

Da mesma forma que não é o caso de você “desaparecer” usando uma roupa super neutra que não te enfeite…

O importante é imprimir no seu visual um toque da sua personalidade. E isso, só você poderá fazer de acordo com o seu temperamento.

Não é casamento nem expedição – se sentir que estiver ou com algo a mais, tire. Isso vale para anéis de formatura, correntes, boné, chaveiros e celulares pendurados na cintura, óculos ou outros objetos nos bolsos do paletó etc. Quanto mais limpa a aparência, melhor

Fale mais sobre ideias do que sobre pessoas – É isso aí. Evite mencionar muitos nomes e contar em detalhes a vida de conhecidos comuns ou personagens do mercado. Nesse momento não vem ao caso, além de entrar no terreno da fofoca.

Chegue adiantada/o. Nem que seja para fazer uma horinha no saguão do prédio. É melhor do que descer do elevador esbaforido e chegar arrumando os cabelos e ajeitando a gravata.

Chegar cedo vai ajudá-lo a se “aclimatar” ao local e lhe dará uma tranquilidade extra, pode acreditar.

 

 

 




Jeans, Puristas e Consumistas

Tomemos como exemplo o Jeans – que surgiu no século XIX, usada pelos trabalhadores das minas nos EUA. Em pouco tempo as calças em denim grosso, ora adotadas pelos trabalhadores rurais em geral e, em meados do século XX eram o uniforme obrigatório de toda uma juventude rebelde e louca para se fazer notar pela irreverência.

Em pouco tempo a moda ganhou o mundo e uma infinidade de variações: os tecidos podiam ser misturados a lycra, eram coloridos em muitas tonalidades  de azul e também algumas cores, lavados, stonados, rasgados, com anarruga… Enfim, valia tudo desde que pudéssemos continuar nesse conforto e versatilidade afinal, o jeans podia ser usado por jovens, velhos, gordos, magros, ricos e pobres.

E para completar os preços também eram superacessíveis, desde os mais populares (porém de boa qualidade e duráveis) até os caros de grife para quem pode…

Duquesa de Cambridge, quebrando o tabu na realeza britânica, ao tomar vacina.

Na década de 80, o jeans no Brasil ganhou status: chegamos a ter  grifes que carregavam na ostentação – afinal era a década do brilho: as calças tinham strass, tachinhas, pedrinhas, miçangas e eram usadas com sapatos de verniz e saltos altos. E muitos ainda acrescentavam uma meia soquete de lurex para dançar á noite…

Estado Bruto – esgotadas as possibilidades de variações, em algum momento, um purista resolveu que o jeans estava prejudicando a natureza com tantas lavagens (e está mesmo, posto que a indústria  é poderosa e imensa) e que agora vale muito mais o jeans feito com “Denim orgânico’. Isto significa que o denim é 100% algodão.

Beleza. Não fosse o fato que esse algodão é rígido, dificulta os movimentos e é superquente…. Não é à toa que a moda pegou logo na Ásia e Europa – onde faz muito mais frio que calor. Aí fica fácil usar. E o preço? Tá preparado? Há calças duronas que começam com R$1.100,00 e podem atingir, algo em torno de R$3.500,00 – preço das fabricadas pelos teares da província de Okayama, no Japão…

Agora é brega – nesse modelo orgânico ficam banidos os rasgos artificiais, as lavagens para desbotar e outros detalhes. O corte é o clássico modelo reto nas pernas ligeiramente mais estreito nos calcanhares. Nada de skinny, lycras etc.

Coisa nossa – todo esse papo não é para te desanimar, não. Apenas para abrir seu olho e dar a ótima notícia que, algumas marcas nacionais já estão desenvolvendo esse tecido na versão tropical, ou seja, mais leves e adequados para o nosso clima. Em teares antigos com tingimento artesanal e a preços beeeem mais acessíveis. A Dreher e a Krieger conseguem chegar a um valor abaixo de R$600,00.  Nada popular ainda, mas no bom caminho.

Por isso, se quiser aderir a moda espere um pouco – como tudo na vida, a lei da oferta e procura abaixa o preço se a procura for inteligente – e sobretudo paciente.

 

 

 

 




O futuro da moda pós 2020

Não foram só a indústria e o varejo de moda que sofreram um baque com a parada forçada. As circunstâncias obrigaram o consumidor a repensar seus hábitos de compras. Com perda de emprego, diminuição de salários e home office, as roupas, sapatos e acessórios se tornaram supérfluos – muitos até quase indispensáveis.


Isso levou a uma crise existencial real para a indústria da moda: afinal muitos consumidores simplesmente não estão mais interessados em comprar roupas no momento. Sem falar que não tem mais o poder aquisitivo de antes

Há muito foco na compra de itens essenciais para “sobreviver” durante este período. E a incerteza quanto a empregos também não ajuda – ao contrário, cria uma espécie de paralisia.

Este é o momento para a indústria da moda buscar com urgência alternativas para mudar, ousar e seguir em frente. Aos poucos, algumas destas novas tendências da moda pós-pandemia já se manifestam.

Conforto em primeiro lugar – as vendas de sapatos de salto alto, mocassins e outros calçados sociais vêm caindo há anos. O Google Trends chegou a registrar 142% mais buscas por pijamas no começo de maio deste ano, sem contar os pijamas chics que viraram uma verdadeira febre entre os famosos. Sim, pois a tendência é que as pessoas fiquem cada vez mais tempo em casa durante e depois da quarentena. E que neste tempos, busquem mais peças ainda mais confortáveis para o dia a dia.

Peças básicas – agora as pessoas compram menos por impulso e mais por necessidade. Itens básicos ganharam ainda mais espaço: jeans confortáveis e com lavagens mais discretas, blusas em cores neutras como branco e preto, além de roupas versáteis que transitam entre as mais diversas ocasiões do dia a dia recebem mais destaque nas vitrines e no guarda-roupa.

Cores alegres – por outro lado, depois de tanto sofrimento, os estilistas apostam em cores vibrantes e alegria. Assim como novos tecidos, mais inteligentes ainda e irreverentes…

Roupa antiviral já anunciaram a produção de fios e tecidos contra o coronavírus. E como mesmo com a vacinação, todo cuidado é pouco,  além de máscaras, empresas apostam em peças que oferecem proteção contra bactérias e vírus diversos. Mal não faz, certo?

Hoje, com tudo que acontece no Brasil e no Mundo, os consumidores buscam marcas com propósito: aquelas que se posicionam a favor de um bem comum. As grifes precisam definir com transparência e objetivamente seus posicionamentos diante de fatos ou questões de relevância social. O mesmo vale para conceitos como sustentabilidade, responsabilidade social, diversidade e proteção ao meio ambiente. Pois é ! se antes a poderosa indústria da moda ditava tendências, hoje, para sobreviver, precisa estar extra atenta para as exigências e necessidades do consumidor  que, vamos combinar, são muitas e variadas. Mas acredito que isso não deixa de ser saudável – para todos não acham?!