1

Tecnologia x Crianças: não entregue essa luta

E falo isso por experiência própria, observo meus afilhados e filhos de amigos. É assustador…

Academia Americana de Pediatria, em 2014, recomendou limites para o uso de tecnologias de qualquer tipo. Até os 5 anos, as crianças só deveriam ficar no máximo 1 hora diante das telas, 2 horas para crianças de 6 a 12 anos e para 3 horas a partir dos 13 anos. Acho justo… crianças dessas idades precisam brincar na rua (quintal, playground dos condomínios…) e aprender a se socializar.

 

Vejo muitos pais que não se preocupam com isso, deixando as crianças livres para usar os equipamentos da forma como quiserem.

Conversar e fazer brincadeiras em que eles participem é uma das formas para que não se tornem dependentes dessas tecnologias todas. Sei que estaremos cansados, estressados, mas eles não têm a ver com isso, então vamos nos ater a isso, ok?

Os Perigos –  diagnósticos de TDAH, autismo, distúrbios de coordenação, atrasos no desenvolvimento e fala, dificuldades de aprendizagem, transtorno do processamento sensorial, ansiedade, depressão, sobrepeso, tendinite e distúrbios do sono estão cada vez mais, associados ao uso excessivo da tecnologia. Os pequenos também estão deixando de desenvolver a empatia, instrumento fundamental para a construção de amizades e confiança.

As crianças repetem os que os adultos fazem – isso é um fato… então – e eu sei o quanto é difícil – vamos pelo menos tentar não ficar grudados na tela do celular quando estamos perto deles.

Não nego a tecnologia – amo o que ela pode nos proporcionar (conhecimento, comunicação, entre tantos outros pontos positivos) mas, como adultos,  ainda conseguimos discernir o que  é certo e errado o que faz mal as crianças e o que pode desenvolver suas potencialidades…. Nossos pequenos não conhecem os perigos da internet, principalmente, que existem pessoas más, com intenções malévolas e que pode sim, fazer mal a eles.

Então, vamos incorporar uma atitude mais alerta, menos exausta e passiva e tomar mais cuidado, está bem?




O que ganhei da minha mãe

Com minha mãe aprendi que a vida não é como gostaríamos que ela fosse. Como também não é uma ameaça constante ou um inimigo a ser controlado. A vida é o nosso maior tesouro. É tudo o que temos. Com ela também entendi que não somos nós, com alguma deficiência, que deixamos de andar, ouvir, ver ou qualquer coisa assim. Elas – as mães – é que deixam de fazer tudo isso. E por nós, passam por momentos de sufoco, dor e desespero.

Lembro-me dos perrengues que tive que enfrentar com cirurgias e tudo mais quando a vida me colocou em uma cadeira de rodas. Foi com ela, a mãe que chamava de minha, que encontrava força e me desfazia dos medos. Era dela a memória de cada detalhe dessa época: o nome de cada médico, enfermeira, o motivo de cada choro, o sorriso a cada pequena vitória. Tenho certeza que se ela estivesse aqui se lembraria dos detalhes daqueles momentos. Foi com ela que reaprendi a andar. A não chorar porque estava diante de um novo modo de viver. Foi dela que ganhei força e coragem.

Mães que superam todos os obstáculos, físicos, emocionais, para exercerem a maternidade que também pode ser chamada de fortaleza.

Não duvide. Toda mãe traz em si essa força. E muitas precisam lutar para provar que são capazes. Agora imagine o quanto uma mulher com deficiência é colocada em dúvida quando resolve ter um filho. E penso que, além de dar conta da cria, ainda precisa atestar para os olhares duvidosos uma capacidade inata. O nome disso também é preconceito. Acima de nós, mulheres, mães, profissionais com ou sem deficiência, existe um teto de dúvida, de questionamentos sobre a nossa inteligência, nossa vontade, nosso direito, nosso caráter.

O que você vai levar para o dia das mães? Nesse dia das mães, não duvide do que significa essa data. Não é sobre presentes. É sobre presença, reconhecimento, reverenciamento, sobre enxergar a relação mãe e filho como um laço feito de uma material inquebrável. Revestido de doçura e resistência, coragem e delicadeza. Seja de que forma for a mãe que você conhece, veja nela o que realmente importa. E que geralmente se chama amor.




Papo de vó

desenho de avó dormindo em uma poltrona e o neto está atrás. Ele enrolou a avó com pequenas luzinhas de natal e est;a colocando uma estrela na cabeça dela.Vó é mãe duas vezes: mãe com açúcar, sobremesa da vida.

É todo o clichê que circula em redes sociais.

Sim, avó é internauta. Crochê, tricô? Ah! Isso é para os jovens.

Vó é antenada, navega por mares cibernéticos, tem celular, face, instagram e até whatsapp.

Fica criança com o pó de pirimpimpim: conhece as princesas atuais e os super heróis.

Assiste novela infantil para contar aos netos, já que os pais não permitem tv.

A cozinha vira restaurante a la carte – vai trocentas vezes preparar as ‘delícias” pedidas.

Vó que é vó enche os netos de comida e nem sempre 100% saudável. Politicamente correto é para os pais.

Brinquedos guardados é na casa deles. Na casa de vó os brinquedos são fabricados. Um lençol vira cabana, potinhos vazios, teclado de computador, papeis e embalagens vazias, viram escritórios, lojinhas, casinhas.

Depois da farra o cansaço toma conta. O jeito é deitar de pernas pro ar, sentir o alivio de um dia gostoso, e dar graças a Deus por entregar os netos aos pais….

Como descreveria este dia? Um furacão passou na minha casa, deixou tudo de ponta cabeça e no ar o mais puro amor.

Um amor incondicional que nao saberia descrever e acho que nem carece. Vó entende!!!

 




QUEM EDUCA: FAMÍLIA OU ESCOLA?

professora bonita, vestida de camisa branca com uma camiseta verde por cima, mostra um globo bem colorido para sete crianças bastante interessadas.Eles estão em uma sala de aula repleta de livros.

A verdade é que alunos – de variadas idades acham-se no direito de agredir seus mestres com uma violência que seria impensável há 50 anos atrás.

Há sempre quem diga que educar é tarefa das escolas – e já emendam dizendo que a educação já não é o que era antes etc etc. Mas não é bem assim tá?

A Escola ensina e a Família Educa – e há uma enorme diferença entre uma coisa e outra. Cabe a Família transmitir desde muuuuito cedo (e dando exemplo em casa) toda a gama de valores éticos e morais que vão nortear a criança vida a fora.

É a família que vai transmitir os valores de suas tradições mais arraigadas, de sua cultura e de sua religião.

É essa mistura de sensações, permeando o cotidiano da infância que cria um mix afetivo, único de cada criança e forma a sua identidade, como um DNA para fortalece-la vida afora.

Já a escola, vai ensinar a essa criança outras competências : desde as acadêmicas até as sociais. Mas a base, para essa criança se desenvolver vem de casa.

Trabalho para a vida inteira – tarefa de pais não acaba nunca. Enquanto está na escola temos um pequeno respiro mas isso não quer dizer que, do momento em que voltam não tenhamos que “reassumir”…

Mulher usa vestido , cor branca, com detalhes em flores roxas e azuis. O modelo usa alças finas. No colo dela, uma pequena menina com o mesmo modelo da mãe.

De preferencia colocando limites, supervisionando, dando carinho, ouvindo muito e julgando pouco….ufa!

Voltando ao assunto da violência: há já algumas décadas, pais e mães estão com menos tempo para dar atenção aos seus filhos: trabalhamos, mais, ganhamos menos, somos mais exigidos…

É preciso rever conceitos, resgatar tempo e diálogo e, principalmente, vencer a concorrência da atenção (e dedicação) dos filhos com os seus smartphones.

Sim, porque mais vale um filho nos requisitando sem parar do que perde-lo – dentro de casa, com olhos fixos na tela e mãos ocupadas no teclado.

Pense nisso e passe logo para a ação – porque depende de você – não importa quão difícil seja. Palavra de mãe.




Ôla na Praia – dica bacana para encontrar crianças perdidas

foto mostra um menino de aproximadamente 8 anos gritando de costas para o mar

 

Gabriel Medina, hoje é campeão mundial de surf – mas quando era criança, gostando tanto de mar,  já imaginou quantas vezes sua mãe se desesperou e teve que correr atrás do filho perdido?  Toda mãe já passou por isso pelo menos uma vez – e não importa se a praia é descolada e menor como Toque Toque Pequeno no Litoral Norte de São Paulo ou, pior, uma imensidão com gente a beça como Copacabana no Rio de Janeiro.

Em  Punta Del Este no Uruguai e algumas praias na Europa todos já adotaram um expediente interessantíssimo que, acredito, seria utilíssimo se adotado em nossas praias.

Da primeira vez ele não entendeu o que era aquilo pois mal reparou quando ouviu algumas pessoas aplaudindo perto de onde ele tomava sol. Pouco a pouco o aplauso contagiava toda a praia como uma imensa “Ôla” em estádio.

De repente um movimento perto de seu guarda sol e a ôla parou. De modo que ele achou que era alguma manifestação em homenagem a natureza.

No dia seguinte o aplauso se repetiu, desta vez, vindo espontaneamente de um ponto mais distante e chegando em ondas até onde ele estava, propagando-se até o fim da praia. Curioso, perguntou do que se tratava.

“ Estamos avisando a todos na praia que tem alguma criança perdida que foi achada. Através do aplauso a mãe – onde estiver – se acalma (ou é alertada) e localiza a criança seguindo o rastro das palmas” – explicou uma senhora.

Cesar contou que na semana que passou em Punta praticamente todos os dias havia uma Ôla (quando não duas vezes por dia) – e rapidamente a criança era localizada.

Ora, sabemos que nessa época, com nosso litoral exuberante vivem acontecendo casos assim. Sugiro propagar a prática – pois quem tem filhos pequenos sabe o sufoco que passamos quando elas se perdem, por cinco minutos que seja.

É muito mais eficiente do que desesperar-se e sair gritando loucamente feito barata tonta.

Quem encontrar a criança coloca- a no ombro, (para facilitar a identificação da mãe) avisa as pessoas por perto e começa a Ôla.

Segundo meu amigo, entre o início do aplauso e localizar a criança, a coisa toda nunca ultrapassou 15 minutos – relativamente pouco tempo. Vamos divulgar?