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Casar sem estresse

Bride

Antigamente, o bolo preparado pela confeiteira da família, as flores encomendadas na floricultura do bairro, as lembrancinhas confeccionadas por avós, tias e madrinhas….

Era esse o retrato dos momentos que antecediam qualquer casamento. Não importava o “porte” ou o estilo da ocasião, todos colocavam a “mão na massa”, quando essa palavra-chave era mencionada.

No entanto, tais cenas tornam-se mais raras e, em seu lugar, são encontrados eventos coordenados, ou melhor, orquestrados por cerimonialistas, profissionais que ficam responsáveis por garimpar e reunir as opções de todos os detalhes que envolvem a cerimônia e a festa para apresentá-las ao casal.

Eles são contratados justamente para que os noivos possam aproveitar com mais tranquilidade cada momento que envolve o período –  que vai do planejamento até o grande dia e, além disso, por serem  especialistas, conseguem melhores preços com bons fornecedores.

Hoje a a vida das mulheres mudou:  são muito ocupadas, gostam de ser livres e independentes e as famílias também não são numerosas como antigamente, portanto, não contam com tantas ‘voluntárias’ para preparar os quitutes que eram facilmente ‘estocados’ nas casas – muito mais espaçosas – espaçosas de tempos atrás.

Os cerimonialistas estão aptos a auxiliar na escolha do local, convite, trajes e inclusive no menu que será oferecido durante a recepção. Também ajudam na seleção de equipe de foto, vídeo e dos músicos – entre outras providências necessárias para que o casal não se estresse ou sinta-se inseguro em um dia tão significativo.

Há outro detalhe importante que deve ser considerado: como estes são verdadeiros “anjos” têm uma visão global do evento, eles conseguem traduzir anseios do casal e produzir uma cerimônia na qual haja harmonia entre o sonho dos noivos e as últimas tendências do mercado.

Contudo, para que a parceria entre casal e cerimonialista seja bem-sucedida, é necessário que as partes se entendam muito bem. Por isso, antes de dar início aos preparativos, os noivos se reúnem com o profissional para que ele conheça a personalidade e os desejos de cada um e, então, defina com eles o estilo da cerimônia e ajuste-o ao orçamento disponível. Nessa etapa, é importante não omitir qualquer tipo de informação, por mais irrelevante que pareça, como quais são as flores preferidas, cores e estilo. Só com base nesses dados, a assessoria indica os fornecedores. Dessa maneira, o casal consegue otimizar o seu tempo com a certeza de que tudo ocorrerá bem no grande dia.




Segundos e terceiros casamentos: presentes além do PIX

Sim, senhores… A vida anda difícil para quem vai dar um presente de casamento, massss…. A boa notícia é que ninguém, nem você, nem padrinhos ou familiares tem que seguir esse tipo de determinação (ou pedido ou fantasia) tresloucada… Siga o seu bom senso e o que manda seu bolso – e, claro seu carinho pelo casal nubente…

Dito isso, passemos a segunda maior dúvida sobre esse assunto: segundas e terceiras núpcias. Muda muito? Um pouco, claro, mas vamos lá:

Tenho que dar presente? Sim – é um novo começo para esse casal E você foi convidado a celebrar com eles. De modo que, seja generoso e lembre que o presente independe de comparecer ou não a celebração.

O que dar – nessa fase o casal já tem casa montada – já saíram da casa dos pais, desfizeram a casa de um primeiro casamento e montaram outra sozinhos. Portanto, mesmo se tiverem  uma lista detalhada em algum lugar, se quiser impactar e deixar uma lembrança boa, será preciso ser mais criativo e dedicar algum tempo a essa escolha. Pense em alguns critérios:

Preferências  – são esportivos e loucos por determinado esporte? Ingressos para um  jogo importante, ou mesmo juntar amigos para pagar uma viagem com direito a assistir alguma final emocionante… Esse tipo de coisa pode ser mais marcante do que simplesmente mais um jogo disso ou aquilo…

Estilo de vida – amam viajar? Vaquinha para algum destino dos sonhos ou passeio diferente em determinada viagem que já tenham marcado também agrada muito!

Vales: sempre uma boa pedida – escolha uma loja além da de presentes tradicional: escolha uma de mobiliário e equipamentos de casa e parabenize com um vale – e com certeza eles vão amar poder escolher juntos presente que você (ou a turma de amigos/ colegas/ familiares) ofereceram.

Assinaturas e Inscrições  – para cursos que que ambos vão curtir ou que sempre quiseram fazer. Pode ser a matrícula mais 3 meses, ou dependendo do que é, o curso inteiro – ainda que precise chamar mais amigos para participar. Aqui vale tudo: aulas de culinária, de dança, paraquedismo, academia, música, assinaturas para concertos anuais….

Personalize – alguns itens são mais baratos, mas adquirem outro status e importância quando personalizados. Toalhas de banho, por exemplo: jogos brancos com as iniciais de ambos em marinho ou preto – elegante e mostra atenção para com ambos. O mesmo vale para jogos de facas de churrasco e outros itens…

Como se vê, existem muitas maneiras de presentear além do Pix. Mesmo que o presente envolva crédito e uma transação, é importante se envolver minimamente com o gesto, entender que se trata de afeto, lembrança, apoio e principalmente uma maneira de fortalecer o vínculo que já existe com o  novo casal!




Bolo de Noiva: ele nasceu salgado! Veja aqui como evoluiu até hoje

Dizem as crônicas da História que tradição matrimonial começou no tempo da Roma Antiga.

Bolo De Casamento Romano

Os romanos quebravam um bolo simples e saboroso feito de trigo ou cevada sobre a cabeça da noiva depois da cerimônia para dar boa sorte. Os recém-casados, em seguida, comiam algumas migalhas juntos, enquanto os convidados se reuniam em volta e recolhiam o resto do chão. A tradição de compartilhar um bolo de casamento com seus convidados vem desse costume romano.

Torta medieval da noiva

A “torta de noiva” era uma torta saborosa que podia ser recheada com qualquer coisa, desde ostras ou outro marisco, até carnes picadas ou carneiro, dependendo da riqueza da família. Um anel era escondido dentro da torta, e a mulher que o encontrava, seria a próxima a se casar – um precursor do lance do buquê de hoje. A massa era bem decorada, fazendo da torta uma peça central de toda festa de casamento.

Bolo temperado medieval 

Na Idade Média, pequenos pãezinhos temperados eram equilibrados um em cima do outro, criando uma pilha que se elevava o mais alto possível. O casal se beijava no topo dessa pilha: um beijo de sucesso – sem derrubar a torre – teria um casamento longo e próspero.

Bolo de noiva do século XVII

No século XVII, a “torta de noiva” tornou-se um “bolo de noiva”. Eram doces, bolos de frutas, o tipo de bolo de casamento que continua sendo a opção tradicional até hoje. Depois de comer uma fatia, a noiva jogava o restante sobre a cabeça (remontando à tradição romana). No final dos anos 1700, o “bolo de noiva” foi coberto por uma cobertura branca semelhante a merengue para simbolizar a pureza.

Bolo da igreja da noiva do século XVIII

A forma de bolo de casamento em camadas, que agora consideramos ser um bolo de casamento clássico, foi criada por um aprendiz de padeiro em Londres, que se apaixonou pela filha de seu chefe e quis impressioná-la. Ele  se inspirou no pináculo da igreja de  St. Bride’s Church. Embora essa estrutura tenha aberto o caminho para bolos de casamento, nesta data, o padeiro ainda não havia criado uma maneira de tornar comestíveis todos os níveis desse bolo inovador.

Cobertura Real do Século XIX

A cobertura branca já era usada desde o século XVII, mas foi só no casamento da Rainha Victoria com o Príncipe Albert, em 1840, que a cereja real foi criada. Era necessária uma cobertura branca dura e robusta que suportasse o bolo, estruturalmente decorado e com quase dois metros de largura. Foi a partir daí que surgiu a “expressão” cereja do bolo.

Croque-en-bouche do século XX

Enquanto os ingleses criavam bolos brancos em camadas, os franceses celebravam seus casamentos com imponentes estruturas.  O primeiro foi criado pelo padeiro “chef” Marie-Antoine Carême, inspirado pelos bolos de especiarias,  da Grã-Bretanha. Pequenos bolos de choux circulares foram empilhados em uma base de nougat (torrone mais delicado) e lindamente decorados com açúcar refinado. No final do século XIX, ficaram mais elaborados, como uma torre gótica, mas, no século XX, retornaram a estrutura cônica clássica, popular nos casamentos atuais.

Bolo de casamento em camadas do século XX

O bolo totalmente comestível apareceu no casamento do Príncipe Leopoldo com a Princesa Helene Freiderike, em 1882. Camadas endurecidas de glacê real cobriam cada bolo de frutas, permitindo que as camadas se empilhassem em cima umas das outras. Em 1900, pilares de apoio entre os níveis de bolo de casamento foram vistos pela primeira vez, por conta da demanda por um bolo que desse para comer todinho, e também por ser cada vez mais largo e alto. Esses pilares eram simples, bastões de madeira cobertos de glacê. Quanto mais alto o bolo de casamento, melhor – era símbolo de status.

Cake Toppers da década de 1940

Apareceram na década de 1940: pequenas figuras no topo das tradicionais tortas de frutas em camadas. Hoje é moda em decorações de bolos comestíveis e não comestíveis numa quantidade surpreendente.

Decorações do bolo pós-guerra dos anos 1950

Na década de 1950, com açúcar e outros ingredientes mais uma vez disponíveis, o estilo dos bolos de casamento expandiu-se e cresceu. Uma cobertura real que poderia ser moldada foi inventada, permitindo decorações de bolo espetaculares.  Os casais começaram a pedir diferentes bolos – chocolate, baunilha, limão ou mesmo cenoura.

Bolos De Casamento Contemporâneos

Hoje,  a maioria dos casais ainda opta por um bolo que é escalonado de alguma forma – seja uma esponja de cinco camadas, camadas de cupcakes ou uma pilha de merengues… mas se você ama macarons pode ter uma torre da cor de arco-íris destes doces franceses, ou escolher um bolo gelado em diferentes tons de buttercream.

Independente da sua escolha, bolos de casamento são uma importante peça central, e carregam muito de simbolismo e história com eles.




Como contornar micos e imprevistos em um casamento

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Nesse momento é preciso ter calma, muita paciência, e tentar resolver os transtornos sem achar que é o fim do mundo. Seja o vestido da noiva que sofreu um acidente ou o noivo que quebrou o pé: para tudo dá-se um jeito.

Mudando o endereço da festa – os convites, lindos e já distribuídos, indicam o local da festa – que na última hora terá que ser transferida. O quê fazer? Lance mão de todas as tecnologias de comunicação e avise a mudança por e-mail, WhatsApp, Instagram ou pombo-correio.

Mas atenção: na medida do possível, comunique por telefone o maior número de convidados, pedindo que avisem aos amigos mais próximos com quem tem mais contato.

Dica importante: contrate alguém para ficar no local original da festa indicando aos desavisados e/ou distraídos o novo endereço.

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O vestido da noiva já era – na véspera do grande dia o vestido é dilacerado pelo cachorro da família. A situação é delicada, mas existem soluções. Primeiro tentar junto ao costureiro(a) uma reforma de última hora, mas se não for possível, a alternativa é alugar um novo e levar na esportiva.

E vamos combinar: você é mais do que alguns metros de tecido branco, certo?

Perdi as alianças! – o noivo esqueceu ou não encontrou as alianças! O jeito é pegar as alianças dos pais, irmãos ou padrinhos, e divertir-se, lembrando depois.

Par de vasos – as madrinhas não se comunicaram e duas estão com o mesmo vestido, da mesma cor. Para completar, parece que foram ao mesmo cabeleireiro. Coloque as duas o mais distante possível (eventualmente até mude uma para o outro lado do altar) e deixe a cerimônia começar.

Na última hora – está tudo pronto e na véspera do casamento um dos padrinhos ou madrinhas avisa que está doente, impossibilitado mesmo de comparecer. Nesta hora é aconselhável ser sincero e convidar um amigo(a) ou um parente mais próximo. Explique a situação e pode ter certeza que ele(a) ficará feliz em poder ajudar.

Quem convidou? – em toda festa pode haver penetra.  Se você tiver a certeza que é bico, ele(a) pode ser gentilmente convidado(a) a se retirar. E se aquele(a) ex namorado(a) aparecer sem ter sido convidado(a), você faz olhar de paisagem e lembre-se que, hoje a festa é só sua. Seja superior e releve.

Morte na família – ninguém gosta de pensar, mas acontece. Se for pai, mãe, irmão ou algum outro membro próximo e querido, não tem jeito: não há clima para festa e é melhor cancelar. Agora, se alguém for acidentado ou ficar doente você pode, conforme a gravidade, manter o casamento e ainda, se for o caso, realizar a cerimônia religiosa  e cancelar a festa.

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Bebeu demais – bêbado é chato em qualquer situação. Se for alegre é mais fácil de se levar, já bêbados melancólicos… Se for um parente muito próximo dos  noivos ou algum amigo íntimo, é bom tentar levá-lo para casa. E se for o noivo ou noiva é melhor tirar de cena o mais rápido possível – para não ficar registrado o mico em video – no oficial e, pior no dos amigos para todo o sempre…




Liberando os padrinhos e madrinhas!

Ou ainda, porque quis que o irmão fosse padrinho e convidou uma amiga para fazer par com ele deixando a namorada do irmão chateada. E tem também as amigas e amigos de infância que acabam convidados para fazer par juntos e os cônjuges, casados há menos tempo, não se conformam em ter que assistir ao casamento nas primeiras filas.

Então, vamos por partes, onde está escrito que padrinhos e madrinhas devem ser pares?

Quando falei em minhas redes sociais e choveram comentários do tipo “jamais deixaria meu marido subir ao altar junto de outra mulher”. Oi!??? Vai subir ao altar para apadrinhar, não para casar-se!!! Mas não entendem. Outros diziam “achar estranho” casais separados no altar. Estranho por que, cara pálida? Ok, Depois de 3 livros sobre cerimônia de casamento, sinto-me apta a dar alguns pitacos nesse quesito, prontos?

Cortejo de entrada – antes de mais nada, o cortejo de entrada é uma invenção dos anos 90 – jamais existiu. O que acontecia era que, na saída, atrás dos noivos, formava – se um cortejo com os padrinhos que, automaticamente se arranjavam aos pares… Pode conferir: em todos os casamentos europeus (inclusive nos da realeza, que testemunhamos recente), ninguém entrou em cortejo. É uma moda recente e muito brega, pois tira o foco da noiva e cria uma série de pequenos e grandes  problemas…

E os viúvos?  – voltando aos parzinhos: se temos alguém muito querido que queremos convidar para madrinha ou padrinho, e essa pessoa enviuvou. Deixa de ser querida? Não vale? Ou sobe ao altar com outro/a igualmente querido e importante no contexto da vida daquele que está  se casando?

E os solteiros? – solteiros que namoram poderiam ser padrinhos massssss… com a qualidade fluida dos namoros atualmente, não se garante que, entre o momento do convite e a data do casamento o namoro dure. A ideia do perfil dos padrinhos é de pessoas que tenham um significado muito especial na vida dos noivos, e que os mesmos desejem que desempenhem um papel importante vida afora e não apenas na celebração de ambos.

Ora, isso não acontece com pessoas que acabaram de conhecer ou com quem se relacionem há pouco tempo – daí  o disparate de convidar alguém para fazer “par” no altar apenas porque está acompanhando ou namorando temporariamente o padrinho ou madrinha “oficial”….

Desencanem noivos, liberem seus cônjuges padrinhos e madrinhas! E, cerimonialistas, aprendam a argumentar com base: quando alguém ficar em dúvida quanto a separar casais no altar, mandem a real: se o relacionamento desses padrinhos não resiste a ver o outro como padrinho/madrinha de alguém muito querido, está faltando base na relação e grandeza no coração desse “ofendido” de plantão. Simples assim.